Um erro básico de engenharia nas obras da linha 4-amarela do metrô de São Paulo provocou um desencontro de túneis, escavados a partir de duas frentes de trabalho.
Os túneis Caxingui/Três Poderes, na zona oeste, deveriam ter se encontrado no dia 10 de setembro. Segundo o Metrô, há um desalinhamento lateral de 80 centímetros entre eles. Já os trabalhadores da obra falam em até 1,5 metro.
A diferença, seja ela de 80 cm ou 1,5m, é incompatível com o momento tecnológico atual na área de levantamentos topográficos e geodésicos, e mostra que houve um erro grosseiro na execução do projeto.
Responsabilização
O Consórcio Via Amarela, do qual fazem parte as empresas Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, diz não haver gravidade, e que a correção geométrica ocorrerá na seqüência dos trabalhos.
O Metrô diz que não haverá conseqüência ou repercussão em termos de prazo, segurança ou custos para a população e para a companhia, porém avisou que todas as providências cabíveis serão tomadas depois de receber os esclarecimentos solicitados às empreiteiras, e que haverá a responsabilização do consórcio.
Por sua vez, o Ministério Público Estadual vai pedir uma auditoria ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), para que se verifique a adequação do controle executivo da obra. Já o sindicato dos metroviários pediu rompimento contratual.