O novo sistema de supercomputação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) será adquirido através de concorrência internacional. As normas estão descritas em edital publicado no site da Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais (Funcate). O prazo para o envio dos documentos e propostas é 13 de novembro.
O sistema é composto por três partes: o supercomputador propriamente dito; a rede de comunicações de propósito geral e o sistema de armazenamento. A empresa vencedora da licitação irá fornecer estes três componentes, incluindo sua instalação, treinamento de pessoal e documentação.
O sistema é financiado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que investem R$ 35 milhões e R$ 15 milhões, respectivamente. A Funcate é responsável pela administração do projeto de aquisição do sistema.
O aporte conjunto de recursos do MCT e da Fapesp permitirá ao Brasil contar com um dos seis maiores centros mundiais de previsão numérica de tempo e clima e de modelagem de mudanças climáticas globais. O novo sistema de supercomputação será utilizado nas atividades do Inpe em previsão de tempo, clima e mudanças globais, além da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas do MCT e do Programa Fapesp de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais.
50 vezes mais rápido
A capacidade de processamento do novo supercomputador será mais de 50 vezes maior do que o Inpe dispõe hoje, o que permitirá a elaboração de cenários de mudanças climáticas globais de alta resolução espacial para os próximos séculos e projeções sobre extremos climáticos para a América do Sul. O novo supercomputador também permitirá uma melhoria substancial nas previsões de tempo do Instituto, com modelos regionais cuja resolução chegará a 10 quilômetros.
O novo sistema será instalado no Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), unidade do Inpe que fica em Cachoeira Paulista (SP), e será compartilhado entre o CPTEC e o novo Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto, que se encarregará das pesquisas sobre mudanças climáticas.
Além de permitir ao Brasil avançar nas pesquisas, o supercomputador irá gerar cenários futuros para apoiar estudos de impactos e vulnerabilidade, com o objetivo de subsidiar a elaboração de políticas públicas sobre adaptação e mitigação das mudanças climáticas.
Com informações da Assessoria de Imprensa do Inpe