O diretor-geral do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), Marcelo de Carvalho Lopes, afirmou que 1,8 milhão de quilômetros quadrados da Amazônia Legal não tem informações cartografias terrestres, o que corresponde a 35% da região. Amazônia, Pará, Amapá, Mato Grosso e parte do Acre, Maranhão e Roraima são as áreas mais desprovidas de cartografia.
Para acabar com esse vazio cartográfico, o governo brasileiro está fazendo um estudo topográfico inédito da Amazônia com a finalidade estratégica, que dará suporte para projetos de infra-estrutura, como o traçado de rodovias, de gasoduto e a construção de hidrelétricas. Até 2012, serão produzidas 20 mil cartas topográficas da Amazônia Legal.
De acordo com o capitão Fabiano Costa de Almeida, gerente do Projeto Radiografia da Amazônia, do Centro de Imagens Geográficas do Exército (CIGEx), serão produzidas cartas da Amazônia Legal nas escalas 1:100.000 e de 1:50.000, propícias para obter informações sobre solo, rios e uso dos terrenos. A escala atual dos mapas é 1:250.000.
Iniciado neste ano, o projeto Radiografia da Amazônia é resultado de um acordo entre a Casa Civil e as Forças Armadas. Ele é composto de três subprojetos: cartografia terrestre (executada pela Diretoria de Serviço Geográfico (DSG), com apoio da Força Aérea Brasileira), cartografia geológica (realizada pelo Serviço Geológico do Brasil) e cartografia náutica (executada pela Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha).
Fonte: Abec-SP