Um levantamento baseado em imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta que o desmatamento na Mata Atlântica aumentou nos últimos três anos nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Os dados foram anunciados onte, 17 de dezembro, pela Fundação SOS Mata Atlântica, que em parceria com o Inpe publica desde 1990 o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica.
Segundo o estudo, de 2005 a 2008 essas três regiões metropolitanas desmataram juntas 793 hectares, contrariando a queda na taxa registrada entre 2000 e 2005. A região metropolitana de São Paulo foi a campeã de desmatamento, pois nos últimos três anos 437 hectares foram suprimidos, ou seja, nove vezes mais que no período de 2000 a 2005, quando o número foi de 48 hectares. Quase metade dessas últimas ocorrências aconteceu na região da Cantareira, responsável por abastecer mais da metade da população da região metropolitana de São Paulo. Ali a taxa anual de desmatamento entre o período 2005-2008 aumentou 14 vezes comparado com o período de 2000-2005.
Já na região metropolitana do Rio de Janeiro o desmatamento dobrou. O número absoluto de supressão de floresta nativa na região é de 205 hectares nos últimos três anos, contra os 94 relatados entre 2000 e 2005. Os municípios de Itaboraí e Nova Iguaçu são os mais críticos, com desmatamentos no entorno da Reserva Biológica do Tinguá. A taxa anual de desflorestamento entre o período 2005-2008 aumentou 3,6 vezes comparada com o período de 2000-2005.
Os dados anunciados mostram que na região metropolitana de Vitória, no Espírito Santo, 150 hectares foram desmatados, sendo que 68 hectares no município de Guarapari, enquanto no período anterior o número foi de 86 hectares.
Em maio de 2009 serão divulgados os dados completos do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica. A partir dessa data, Inpe e a SOS Mata Atlântica passarão a anunciar o monitoramento a cada dois anos, e a cada quatro anos será feito um balanço dos dados estaduais e municipais. “Já estão disponíveis os dados das cidades que compõem o Bioma Mata Atlântica tendo como ano base 2005 e em maio teremos toda a base atualizada”, afirma Flavio Ponzoni, coordenador do Atlas pelo INPE. “Estamos aprimorando cada vez mais nossas ferramentas de monitoramento para obter dados mais precisos e mais rapidamente, disponibilizando para a sociedade nos portais
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www.sosma.org.br