Um fato raro aconteceu nesta semana. Dois satélites, um russo e um norte-americano, colidiram no espaço sobre o céu da Sibéria, o que causou polêmica e preocupação sobre a quantidade de lixo espacial em órbita da Terra.

O satélite comercial da empresa estadunidense Iridium, ainda em operação, foi destruído após uma colisão com um veículo militar russo fora de serviço. O impacto criou duas nuvens de escombros, entre 500 e 1300 quilômetros de altitude, que estão sendo observadas pelos analistas das agências espaciais russa e norte-americana.

A colisão ocorreu na terça-feira, às 14h56 no horário de Brasília, a quase 790 quilômetros de altitude entre os satélites Iridium-33 e Kosmos-2251. Segundo um comunicado da Iridium, esse tipo de colisão é "extremamente raro" e "muito pouco provável".

Lixo espacial

Várias agências espaciais monitoram o lixo espacial com mais de 10 centímetros de diâmetro. Calcula-se que existiam hoje cerca de 18 mil detritos em órbita. Nas 24 horas que se seguiram à colisão entre os dois satélites, os engenheiros conseguiram mapear cerca de 600 pedaços adicionais.

Lixo Espacial (Imagem: ESA)

Iridium-33

O satélite norte-americano pertence à empresa privada Iridium, que opera uma constelação de 66 satélites, responsáveis por um sistema de comunicação para telefones celulares via satélite.

Kosmos-2251

O satélite russo , de uso militar, pertencia à série Strela-2M. Com aproximadamente 900 quilos, foi lançado em 26 de junho de 1993.