Com recursos da Finep no valor de 2,6 milhões de reais, o Observatório Nacional inaugurou no dia 14 de abril, em seu campus no Rio de Janeiro, um edifício que tornará a instituição referência mundial na área de geofísica.

O Centro Internacional de Pesquisas em Geofísica funcionará no novo prédio, que leva o nome do pesquisador Lélio Gama, um dos fundadores do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas e do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa).

Rede Sismográfica

Graças a investimentos da Finep e da Petrobras, o Observatório Nacional passa a ter equipamentos de ponta para concluir projetos como a Rede Sismográfica do Sul e Sudeste do Brasil e o pool de Equipamentos Geofísicos do Brasil, entre outros.

O processo de implantação da rede sismográfica está sendo iniciado. Ao longo do ano, a expectativa é instalar, em áreas militares, pelo menos cinco ou seis estações equipadas com sismógrafos. No total, serão 11 estações em todo o país. A rede vai monitorar os tremores de terra no Sul e Sudeste brasileiros, que concentra a maior parte da população, visando atender também à questão de segurança das pessoas. A rede tem custo de 6,1 milhões de reais, financiado pela Petrobras.

O pool de Equipamentos Geofísicos do Brasil, por sua vez, vai atender às pesquisas do próprio Observatório Nacional e de universidades de todo o país. O projeto está funcionando em caráter preliminar e deverá entrar em operação oficial dentro de três meses. O financiamento da Petrobras atinge 14 milhões de reais. O pool será utilizado pelas diversas instituições que integram a rede temática de geotectônica da estatal de energia brasileira.

Observatórios Magnéticos

Outro projeto que contribuirá para tornar o observatório um centro de referência mundial em geofísica é a Rede Brasileira de Observatórios Magnéticos. Atualmente, a instituição opera apenas dois observatórios magnéticos de forma contínua. Um deles está localizado na cidade fluminense de Vassouras e o outro em Tatuoca (PA).

A partir deste ano, a idéia é ter mais oito estações permanentes no Brasil e 15 itinerantes. Estão sendo fechados acordos com universidades para dar apoio ao projeto. Já estão definidas algumas áreas de interesse para a instalação de magnetômetros. São elas o Amazonas, Acre e Rondônia, no Norte; Brasília e Mato Grosso, no Centro-Oeste; o Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, no Sul; e São Paulo, no Sudeste.