SolPesquisadores brasileiros foram contratados pela Força Aérea dos Estados Unidos para estudar a previsibilidade das ejeções de massa coronal (CME, na sigla em inglês), um tipo de erupção solar que interfere em sistemas de telecomunicação e de posicionamento global por satélites (GNSS) na Terra.

Com início no mês passado, o projeto vai monitorar o comportamento do Sol antes e depois desses eventos durante três anos, em busca de sinais característicos que permitam melhorar a previsão de quando essas erupções vão ocorrer.

O contrato foi firmado entre o Escritório de Pesquisa Científica da Força Aérea Americana e o Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie (CRAMM), em São Paulo, que venceu uma concorrência internacional para realizar o projeto.

Prevenção

As CME levam de dois a três dias para atingir a Terra. Dessa forma, com base em critérios mais apurados de previsão seria possível agir de maneira preventiva para evitar danos a satélites e redes de comunicação em terra, frequentemente afetadas pelas ejeções.

Os estudos serão feitos com base em dois instrumentos do observatório El Leoncito, nos Andes argentinos, construídos pelo Brasil e operados em parceria com a Argentina.

Fonte: O Estado de SP