O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) testa uma nova ferramenta capaz de prever, com até uma semana de antecedência, quantas internações hospitalares serão provocadas por influência do clima.
Na prática, será possível saber o acréscimo de pacientes com crises respiratórias e cardíacas em semanas marcadas por calor, frio, alta concentração de gases tóxicos.
O estudo está sendo feito inicialmente em 13 capitais do Brasil. Quando concluído, permitirá à população descobrir se, do mesmo modo como hoje sabe se vai chover ou esfriar amanhã, ter dados sobre aumento de internações por bronquite ou asma, por exemplo.
A aplicação da "meteorologia da saúde" foi idealizada pela pesquisadora Micheline Coelho, que trabalha no Inmet, para nortear autoridades em estratégias de prevenção e atendimento, já que o combinado de fatores meteorológicos e gases tóxicos é responsável por crises respiratórias, enfartes, derrames e até mortes.
Micheline usa o Modelo Brasileiro de Clima e Saúde, que adota o mesmo princípio da previsão do tempo, cruzando-o com números de internações. As capitais testadas foram Rio de Janeiro, Vitória, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Cuiabá, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Salvador, Palmas e São Paulo.
Fonte: Estado de São Paulo