O desmatamento na Mata Atlântica continua, segundo os dados divulgados na terça-feira (26/5) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Fundação SOS Mata Atlântica.
A conclusão dos levantamentos do “Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica” mostra que foram desmatados ao menos 102.938 hectares de cobertura florestal nativa. O estudo considera o novo mapa publicado pelo IBGE de acordo com a Lei da Mata Atlântica.
Para esta atualização do Atlas, foram apresentados mapas para 10 dos 17 Estados onde a Mata Atlântica ocorre (BA, GO, MS, MG, ES, RJ, SP, PR, SC e RS); e a avaliação de 2005-2008 de todos os municípios destes 10 Estados.
O total de 102.938 hectares nos 10 Estados avaliados mantém a média anual de 34.121 hectares de desflorestamento/ano, bem próximo da média anual identificada no período de 2000-2005, que foi de 34.965 hectares de desflorestamento/ano. Deste total, 59 ocorrências são áreas acima de 100 hectares, que totalizaram 11.276 hectares, e 76% foram desflorestamentos menores que 10 hectares.
Estados críticos
Os Estados mais críticos são Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia, que perderam, nos últimos três anos, 32.728 ha, 25.953 ha e 24.148 ha, respectivamente. Somam-se a esse total desflorestamentos na ordem de 9.978 hectares no Estado do Paraná, 3.117 hectares no Rio Grande do Sul, 2.455 hectares em São Paulo, 2.215 no Mato Grosso do Sul, 1.039 hectares no Rio de Janeiro, 733 hectares em Goiás e 573 hectares no Espírito Santo.
Minas Gerais possuía, originalmente, 27.235.854 ha de Mata Atlântica, que cobriam 46% de seu território; pelo levantamento, restam apenas 9,68%. Já Santa Catarina, que está 100% inserido no Bioma, tem 23,29% de floresta, e a Bahia, com 33% do território na Mata Atlântica, ou 18.875.099 ha, tem hoje apenas 8,80% de floresta.
+Informações
www.sosmatatlantica.org.br
www.inpe.br