"A Autodesk sempre buscou um portfólio de produtos mais amplo, cobrindo diversas indústrias. Este posicionamento é único no mercado de software CAD, o que minimiza os impactos de setores específicos na empresa. Esta estratégia se mostrou ainda mais eficiente em momentos de crise, pois apesar da desaceleração econômica ser observada globalmente, sempre há nichos de indústrias nos quais existem oportunidades, o que nos permite centralizar esforços nessas áreas.
No Brasil, por exemplo, projetos de infraestrutura nos setores de energia, transporte, saneamento, petróleo & gás e telecomunicações são pilares onde há investimento público, regulamentação e oferta de crédito que sustentarão grandes oportunidades ao longo de 2009 e 2010. Além disso, nas sedes da Copa do Mundo haverá demanda por obras de AEC – espaços comerciais, hotéis e, claro, instalações esportivas – além de infraestrutura aeroportuária, vias de acesso, redes de utilities e um amplo planejamento urbano. Em suma, será fundamental coordenar projetos CAD e modelos construtivos na plataforma BIM com dados e imagens de sistemas GIS, áreas onde a Autodesk oferece os produtos mais avançados e com grande interoperabilidade, visando desenvolver ‘Cidades Digitais’ inteiras, permitindo o planejamento, desenvolvimento e gestão de infraestrutura".
Acir Marteleto
Diretor Geral da Autodesk do Brasil
"Momentos de crise devem ser encarados como oportunos para mudanças de paradigmas e criação de novos mercados. A ocorrência de projetos de mapeamentos de alta precisão sobre grandes áreas deverá ser mais acentuado, e nesse contexto será exigida uma grande mudança na relação custo-benefício em projetos de aerolevantamento e sensoriamento remoto.
Existirão projetos únicos exigindo um volume de pontos altimétricos na escala de 1 trilhão, consagrando a massificação de dados 3D. A melhor maneira de lidar com essa demanda será buscar uma integração entre as diversas tecnologias de mapeamentos 3D existentes, como radar, laser, estereofotogrametria e topografia. As diferenças entre essas tecnologias deverão ser consideradas, respeitadas e valorizadas. Será importante que esses projetos levem em consideração o uso paralelo de diferentes tipos de mapeamento e escalas de voo, em função de condições climáticas e densidade de áreas urbanas. A única maneira desses serviços serem utilizados concorrentemente será através do loteamento desses grandes projetos em áreas menores, divididas em função de suas diferenças econômicas e geográficas.
Tanto a esfera pública como o mercado de aerolevantamento e sensoriamento sairão ganhando com a sintonia entre as tecnologias existentes e a execução conjunta e em parceria de diversas empresas nos grandes projetos. Desconsiderar suas diferenças seria forçar uma concorrência única e exclusivamente em cima do custo do projeto, sem considerar seus benefícios, levando a um mapeamento desordenado e sucateamento das tecnologias existentes.
A grande mudança de paradigma que deverá ocorrer será compreender a necessidade da criação de projetos que envolvam o uso das diversas tecnologias para maximizar a relação custo-benefício, com ênfase para os benefícios que esse modelo de negócios irá gerar para os clientes, oferecendo aos mesmos o melhor de todos os métodos".
Adriano Huguet
Diretor da HGT
"Nos últimos meses realizamos inúmeras visitas a clientes e potenciais clientes e o sentimento gerado pela crise financeira global em diversos segmentos – energia, utilities, telecom, governo – nesse público é: reduzir custos e aumentar eficiência.
Estes dois objetivos podem ser alcançados se o valor dos investimentos já realizados for ampliado – através de interoperabilidade de sistemas (CAD e GIS, por exemplo), ampliação da distribuição dessas informações e automação de processos de controle de qualidade e de produção de informação espacial.
Nossa missão institucional ajusta-se perfeitamente a este cenário, através de produtos e serviços de Spatial ETL e FME".
Marco Fidos
Diretor da Inovação
"Há uns anos atrás Caetano Veloso cantou uma “Nova Ordem Mundial”, que trouxe a globalização e consequências para os países envolvidos. Naquele momento, parecia que todos globalizados viveriam eternamente uma forte expansão econômica. Neste período da economia, vimos grandes movimentos de fusões e aquisições de empresas, com a criação de mega corporações e o desaparecimento de algumas pequenas empresas. Porém, a partir de setembro de 2008, o mundo se deu conta de que na ânsia do movimento de globalização, muitas medidas de transparência e controles econômicos não foram adotados, e os castelos começaram a desmoronar, o que criou um grande problema social e econômico para todos. Praticamente todas as grandes corporações mundiais perderam aproximadamente 50% do seu valor, e um “tsunami” de desempregados apareceu no mundo todo. Tenho me perguntado como seremos mais afetados do que já estamos sendo? Na “Nova Nova Ordem Mundial” que está se desenhando, já se pratica uma “desglobalização”, que será fortemente impulsionada pelas barreiras protecionistas como o “Buy American”. Como será que o Brasil enfrentará a onda do protecionismo e como poderá criar mecanismos de defesa para suas empresas?
Possivelmente, veremos o aparecimento de novas empresas participando de um novo modelo econômico, onde uma nova era dedicada aos negócios compartilhados entre as pequenas e médias empresas permitirá contratações de produtos e serviços por grandes corporações.
No nosso setor de geomática haverá também uma re-organização estrutural das empresas atuantes. Contudo, este setor empresarial brasileiro conta com uma grande e visível desorganização. Poucas empresas do setor fizeram investimentos consistentes, principalmente no seu capital intelectual, não possuindo a sofisticação que será cada vez mais requerida pelos nossos clientes.
Posso dizer, com muito orgulho, que nestes últimos anos a Threetek Soluções em Geomática investiu na qualificação da nossa equipe de profissionais, contando com especialistas graduados, muitos com MBA, mestrado e doutorado. O histórico de desenvolvimento de metodologias inovadoras, que temos, a duras penas, financiado com recursos próprios, também nos qualifica para enfrentar e buscar novas oportunidades nesta “Nova Nova Ordem Mundial”.
Não estamos vivendo uma crise, e sim participando de um novo modelo econômico, portanto não esperem que o mundo volte a ser o que era antes!
João Carlos Vassallo
Presidente da Threetek
"O que observamos hoje é o foco cada vez maior na venda de soluções e não somente de software. É inegável a importância de oferecer ao mercado produtos de alta tecnologia. Entretanto, a parcela de serviços agregados, como consultoria, treinamento, desenvolvimento e suporte, ganha, a cada dia, um peso cada vez maior. Consequentemente, ter uma equipe qualificada passa a ser um grande diferencial competitivo. E os megaprojetos implantados pela Sisgraph em 2008, tais como a segurança dos Jogos Panamericanos do Rio, CET, IBGE, Petrobras e Polícia de São Paulo, são o reflexo do nosso sucesso.
Para este ano, a tendência – em função da crise global – é que as empresas adotem um planejamento mais focado em decisões. Decisões essas que deverão ser cada vez mais numerosas e detalhadas. Aí que entra o GIS e as oportunidades de negócios Como diriam os consultores Michael Mankins e Richard Steele: “pare de fazer planos e comece a tomar decisões”. Complementando: com o apoio do GIS!
Sucesso a todos em 2009!
Fernando Schmiegelow
Diretor de Marketing da Sisgraph
"Objetivando a continuidade do crescimento da empresa, a Surface entende que a melhor estratégia neste momento é manter a aproximação com seus clientes, pois a instabilidade financeira impacta diretamente na disponibilização de recursos financeiros, principalmente para investimento em produtos e serviços. A Surface manterá seu foco na criação de novos negócios através de modelo de aquisição diferenciado, de modo a garantir maior flexibilidade e facilidade no processo de aquisição de base de dados 2D (uso do solo) e 3D (DEM/MNT e building heights), alinhado às necessidades de nossos clientes.
Entendendo as limitações e instabilidades financeiras do mercado foram criadas ofertas combinadas às necessidades dos clientes, além do direcionamento de recursos para investimento em inovação de processos e produtos, já que tais inovações nos manterão como o principal fornecedor de base de dados 2D e 3D para segmentos de mercado como telecom, utilities (energia e saneamento), governos e prefeituras, além de expandir nossa atuação frente a empresas atuantes nos segmentos de óleo e gás, meio ambiente, mineração e agronegócio, focando os produtos de uso do solo e DEM/MNT".
Manoel Ortiz
Diretor da Surface
"O mercado vive, sem dúvida, um momento de apreensão, no qual empresas de uma forma geral estão reduzindo investimentos e infraestruturas por conta dos impactos sofridos com a crise global. Essa insegurança se dá sobretudo pela indefinição de prazo e formas de reação.
Dentre as “receitas” utilizadas por boa parte das empresas brasileiras estão certamente a redução de custos e a revisão de processos. Não existe, contudo, um modelo único a ser seguido. É necessário criatividade para enfrentar cada caso. Além disso, entendemos como sendo de fundamental importância prezar cada vez mais pela excelência no atendimento ao cliente, pela especialização nos produtos e serviços oferecidos ao mercado, pela criatividade e pela constante inovação. A Codex Remote continua com foco voltado para as soluções e para os resultados. Acreditamos que dessa forma será possível não só enfrentar as dificuldades, mas ainda obter crescimento".
Marlos Henrique Batista
Sócio-Diretor Codex Remote
"Diante dos sinais de desequilíbrio da economia mundial, para nós o momento é favorável ao crescimento, uma vez que no Brasil os Estados e a União possuem muitos projetos aprovados.
Diante deste cenário a principal estratégia da Geopixel é formar alianças com outras empresas que permitirão abrir novos mercados, além de ser uma forma de manter abertas às alternativas para participar de oportunidades de crescimento que de outra maneira não seria possível.
Também será necessário desenvolver internamente um modelo de gestão de aprendizado com a experiência".
Alexandre Marques de Aguiar
Diretor da Geopixel
“Nós sempre fomos conscientes da vulnerabilidade do mercado e sempre pautamos nossas decisões considerando cenários positivos e negativos, além de termos desenvolvido com nossos clientes parcerias de longo prazo, o que nos permite hoje passar por esta crise sem grandes problemas.
Sem dúvidas é um momento de cautela, de reduzir custos, de usar a criatividade e criar soluções de baixo custo que tragam resultados concretos ao cliente. Conseguimos isso através do grande conhecimento do negócio dos nossos clientes e de um clima de parceria e proximidade que facilita o entendimento das dificuldades e a criação de soluções.
É hora de trabalhar com pequenos projetos de resultado e não grandes mudanças estruturais, que são caras e demoradas. A Inflor está bem preparada para enfrentar o momento com tranquilidade".
Enivanis Vilela
Diretor Executivo da Inflor
"Tempos difíceis pedem soluções criativas. Esse é o pensamento de todos na empresa. Ainda não sofremos muito os impactos da crise, pelo contrário, contratamos mais funcionários nos últimos meses.
Agora é hora de livrar-se da expectativa de repetir comportamentos anteriores e, mais ainda, abandonar a crença de que a responsabilidade pelo nosso bem-estar depende de autoridades superiores ou do mercado internacional.
Chegou a hora de ter coragem para mudar o que estava dando certo (e não está mais) e mexer no time que estava ganhando. Na verdade, quando um time continua ganhando é porque mudanças estão sendo feitas no sentido do aprimoramento.
Com criatividade, inovação e muito trabalho, com certeza atravessaremos esse período e sairemos mais fortes do que antes".
Allan Christian Brandt
Diretor TerraVision
"Quando recebi o meu primeiro salário como professor visitante na USP, um colega me perguntou se eu preferia ficar três horas na fila do banco para transferir o dinheiro para uma conta corrigida (over night), ou perder 1 % do salário e deixar para o próximo dia.
A inflação em agosto de 1987 foi uma verdadeira terapia de choque para quem, até então, passou a vida toda na Alemanha. Na época não imaginava as lições que ainda estavam por vir, no sobe e desce da economia brasileira para uma empresa atuante no setor de geotecnologia.
Hoje, em tempos de terremotos financeiros e de crise de confiança na economia global, vejo uma vantagem importante para o mercado brasileiro em geral, especificamente a área de geotecnologias, em relação a outras economias mundiais: aqui se sabe como lidar com tempos difíceis, e a confiança tem sido calibrada já há muito tempo – aqui não há espaço para decepções.
No segmento de geo, nos últimos anos, houve uma qualificação extraordinária por parte de clientes e consumidores do setor, com demandas claras e bem definidas, e isso resultou num quadro de empresas bem estruturadas que atendem a esse mercado com seriedade e competência.
A consolidação avançada deste cenário me deixa muito otimista, inclusive para o futuro próximo".
Michael Karl Steinmayer
Diretor Executivo da SulSoft
"Em um dos cursos de capacitação empreendedora que participei, o primeiro conceito abordado foi o que o empreendedor de sucesso não se deve ater a pré-conceitos. A ‘crise’ em muitos momentos mostrou-me a maioria dos administradores, mesmo sem claramente ver os efeitos sofridos em seu empreendimento, tomando atitudes baseados na onda de conceitos que o mercado vem fornecendo. A dúvida que fica é sobre o que o mercado vem mostrando: é uma tendência ou um pré-conceito?
A ZoomGeo, por ser uma empresa com foco atual em treinamento já sofre os efeitos de cortes. Cursos previamente agendados deixam de serem prioridades de investimento por conta da crise. ‘É hora de diminuir gastos e resolvemos adiar o treinamento…’, ouvimos isso de algumas empresas clientes.
Saber se o mercado apresenta tendências ou pré-conceitos não é o mais importante. O que vale é o empreendedor ver o que acontece e apontar suas baterias na direção desses acontecimentos. A ZoomGeo hoje reúne esforços para colocar no mercado produtos de baixo custo de aquisição e que auxilie as pessoas a gerenciar suas variáveis espaciais com o foco na redução de consumíveis.
Se os clientes querem reduzir custos por conta da crise, vamos nos preparar para vender soluções que reduzam os custos baseados na gestão espacial".
Eduardo Santos
Consultor em Geotecnologias – ZoomGeo
"Diante do cenário de crise global, nós estamos numa situação peculiar na qual observamos setores muito afetados e vários setores sem sofrer qualquer sintoma. Embora esta crise em termos globais é muito maior que outras nas quais o Brasil foi afetado fortemente no passado recente, as consequências parecem ser de menores proporções, ou ao meu ver, de contaminação mais lenta em função do Brasil se encontrar em ritmo relativamente acelerado de crescimento e com uma estrutura econômica consideravelmente melhor. Acredito que não chegamos ao pico das consequências desta crise aqui no Brasil, e imagino que seja sentido mais no segundo semestre deste ano, onde os efeitos já terão consumido a inércia do crescimento que tínhamos no ano passado.
Entretanto, sou otimista quanto ao futuro próximo e creio que os efeitos não serão uma simples “marola”, mas estarão longe de outras crises pelas quais passamos e que infelizmente fomos obrigados a ser criativos e persistentes, e sobreviver. Acho que o brasileiro tem mais anti-corpos para as crises. Além disso, sempre as crises mudam cenários e oferecem algumas oportunidades novas aos que conseguem manter a calma e não desanimar.
Nós da Geologística entendemos que o mercado de geotecnologias tem aplicações para vários mercados, além de estar em crescimento, e por isso pode-se acomodar melhor neste novo ambiente. Para isso é preciso buscar a diversificação dos mercados e encontrar as oportunidades em setores que sabem crescer na crise".
Cássio Fernando Rosseto
Diretor da Geologística
"Não existe crise para a Nexus. O próprio governo reconheceu isto, fornecendo para a Nexus financiamentos para desenvolvimento tecnológico que totalizaram mais de 1 milhão de reais a fundo perdido. O que existe é a necessidade, nos dias de hoje, das empresas de saneamento reduzirem as suas perdas. A Nexus possui uma rede de colaboradores em todo o Brasil, com apoio de tecnologias de software livre Terralib do Inpe, com recursos específicos para a redução de perda, como por exemplo a geração de modelos de simulação hidráulica para o Epanet – software livre do governo americano – plenamente viáveis de serem implementados nas operadoras de saneamento brasileiras.
Nosso prognóstico para os próximos meses é aumentar a rede de parceiros de negócios em saneamento ligados à tecnologia de geoprocessamento, para que atuem em novas oportunidades de negócio, em todo o Brasil, utilizando nossa tecnologia e tecnologias de nossos parceiros, nossas metodologias e processos em geoprocessamento para saneamento, focados na redução de perdas de água".
José Maria Villac Pinheiro
Sócio-Diretor da Nexus