No dia 19 de setembro o satélite Cbers-2B completou dois anos em órbita. Terceiro satélite da série, o Cbers-2B possui três câmeras imageadoras a bordo: CCD, WFI e HRC. Essa diversidade de sensores atende a múltiplas necessidades – do planejamento urbano, que requer alta resolução espacial, a aplicações que precisam de dados frequentes mas não tão detalhados, como monitorar desmatamentos e a expansão da agropecuária.
Cooperação internacional
Hoje um dos principais programas de sensoriamento remoto em todo o mundo, o Cbers é um exemplo bem-sucedido de cooperação Sul-Sul em matéria de alta tecnologia e um dos pilares da parceria estratégica entre o Brasil e a China.
Os satélites do Programa Cbers são o resultado do acordo, assinado em 22 de agosto de 1988, entre a Academia de Tecnologia Espacial da China (Cast) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O Cbers-1 foi lançado em outubro de 1999 e o Cbers-2 em outubro de 2003. Antes disso, o Brasil dependia exclusivamente das imagens de satélites estrangeiros. E até 2014 estão previstos os lançamentos de mais dois satélites: Cbers-3 e Cbers-4.
O domínio da tecnologia para o fornecimento de dados de sensoriamento remoto também permitiu a implantação de uma política de livre acesso a esses dados, que tem levado outros países a seguir o exemplo e disponibilizar gratuitamente dados orbitais de média resolução.
500.000 imagens
Já foram distribuídas pela internet mais de meio milhão de imagens para aproximadamente 20 mil usuários, em cerca de duas mil instituições públicas e privadas. Em média, têm sido registrados diariamente 750 downloads no Catálogo Cbers.
Além da livre distribuição das imagens, que contribuiu para a popularização do sensoriamento remoto e para o crescimento do mercado de geoinformação brasileiro, o Programa Cbers promove a inovação na indústria espacial nacional, gerando empregos em um setor de alta tecnologia fundamental para o crescimento do País.
As imagens Cbers são fornecidas gratuitamente para todo e qualquer usuário. Os países da América do Sul que estão na abrangência das antenas de recepção do Inpe em Cuiabá (MT) são os mais beneficiados por essa política. Em breve os países da África também poderão contar com imagens gratuitas de seus territórios, pois já foram assinados memorandos para a recepção do satélite Cbers em estações de Ilhas Canárias, África do Sul e Egito, e está em negociação a instalação de uma antena no Gabão.
+Informações
www.cbers.inpe.br