Quando trabalhava em uma empresa de consultoria na década de 90, não existia a quantidade de bases e geração de informações fornecidas pelos órgãos governamentais como existe hoje. O trabalho consistia em gerar ou transformar bases cartográficas analógicas em digitais, esse trabalho dependia da “expertise” do técnico no trato com mesas digitalizadoras e em poucos casos vetorização automáticas, digo em poucos casos, pois a quantidade de escâneres de grandes formatos era pequena ou inexistente.
Bem, nesse processo o meio analógico eram cartas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE em escalas existentes, no caso de Área de Influencia Indireta – AII escala de 1:250.000 e na Área de Influência Direta – AID a escala 1:50.000. Já abordei este tema em outros posts, porem acredito que é necessário estar sempre fazendo uma análise da melhoria da informação no tempo.
De lá para cá o geoprocessamento, bem como o mapeamento através de processos como aerolevantamento e laser aerotransportado, nos permite obter bases mais reais do relevo e de suas características ao tema observado. Com o aparecimento dos satélites orbitais as escalas começaram a gerar bases em escalas 1: 5.000 ou 1: 10.000 e aos poucos o custo destas diminuíram consideravelmente. O problema que identifico é que as imagens de satélite tem sido indiscriminadamente usada como base de trabalhos, sem abordagem técnica e tipológica ou seja de mapeamento de feições existentes, como se a imagem fala-se por sí e isso fosse suficiente. Espero que as empresas comecem a usar a classificação para geração de bases mais solidas e usufruam da informação como um todo.
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