Os institutos de previsão do tempo do Brasil e da América do Sul não vão poder mais contar com as informações geradas diariamente pelo satélite ambiental Goes 10. De acordo com a Agência Atmosférica e Oceânica (NOAA), dos EUA , o satélite será desativado até o fim de dezembro, uma vez que seu combustível chegou ao fim.

Lançado em 1997 com o objetivo de substituir o satélite Goes-9 no monitoramento do clima sobre a costa oeste dos EUA, o Goes 10 foi substituído em 2006 pelo seu gêmeo Goes 11 e até agora tem sido mantido como equipamento de backup no caso de falha dos satélites Goes 11 e 12, os mais importantes satélites de monitoramento sobre os EUA.

Na função de reserva, o satélite foi movido pelo governo americano para a longitude de 60 graus oeste, acima da divisa entre Roraima e o Amazonas e se tornou o principal equipamento de monitoramento das condições do clima na América do Sul e Brasil.

Consequências

Depois que for desativado, o Brasil voltará a utilizar as imagens geradas pelo satélite Goes 12, localizado acima do meridiano 75 W (sobre a tríplice fronteira entre Peru, Equador e Colômbia) e otimizado para registrar as condições climáticas da costa leste dos EUA e Caribe.

Com a troca, o Brasil perderá a agilidade necessária na observação do tempo. Enquanto o satélite Goes 10 envia imagens ao país com intervalo de 15 minutos, o Goes 12 transmite imagens de três em três horas desta parte do hemisfério, tornando as decisões sobre as mudanças do tempo mais complexas e sujeitas a mais erros.

Hoje, o índice de acerto da previsão do tempo no Brasil não supera 85%, mas sem ajuda do Goes 10 esse número poderá cair até para 45%.

Fonte: Apollo 11