O Brasil vai repassar a países pobres de todo o mundo a metodologia que desenvolveu para detectar desmatamento por meio de imagens de satélite, a partir de um acordo assinado na semana passada durante a reunião das Nações Unidas sobre o clima, na Dinamarca.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) fechou um convênio com a FAO, a agência para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas, que deve capacitar técnicos em países pobres para analisar imagens de satélite com o Prodes, desenvolvido para monitorar a floresta amazônica brasileira.

A colaboração do Inpe com a FAO faz parte de um conjunto de iniciativas das Nações Unidas que pode tornar realidade projetos de redução de emissões por desmatamento e degradação em países em desenvolvimento.

O mecanismo, que foi discutido pelos 192 países que participaram da reunião sobre mudanças climáticas, poderia viabilizar o pagamento por serviços ambientais a comunidades que vivem em áreas de floresta.