Satélite de observação da Terra em funcionamento há mais tempo, o Landsat-5 pode deixar de operar, em definitivo, em maio de 2010.

Segundo Frederico Liporace, diretor de desenvolvimento de sistemas da empresa AMS Kepler Engenharia de Sistemas, que participou recentemente do Workshop  do Grupo Técnico do programa Landsat realizado em Phuket, na Tailândia, foi apresentado um novo problema, bastante sério, que pode comprometer em definitivo o funcionamento do satélite. “O Landsat-5 apresentou um problema em um dos componentes responsáveis pela transmissão de dados para a Terra, o TWTA redundante. O satélite é programado para interromper a transmissão automaticamente, se determinada corrente alcançar um nível crítico, e esta corrente vem aumentando. Se o problema continuar crescendo na proporção atual, o nível crítico pode ser alcançado ainda em maio deste ano”, revela.

Visando manter sua funcionalidade, o controle de missão voltou a utilizar o TWTA principal, que não era utilizado há 22 anos. O comportamento desta corrente está sendo monitorado com muita expectativa pelo controle de missão. “Existe possibilidade de se prolongar a utilização do Landsat-5. Estão sendo adquiridas menos imagens, em intervalos maiores de tempo, diminuindo assim o período de operação de cada passagem. As programações de imageamento também serão otimizadas e agora vão considerar cobertura de nuvens, não ligando nestes casos. Outra possibilidade é que a taxa de aumento da corrente diminua, o que estenderia a vida útil do satélite”, explica Frederico Liporace.

Landsat- 8

Foi confirmado para dezembro de 2012 o lançamento do sucessor do Landsat-7, o LDCM ou Landsat-8, como começa a ser chamado informalmente.

Com configurações semelhantes ao seu antecessor, inovando na inclusão de um gravador de bordo capaz de salvar tudo que é adquirido, a câmera OLI do  Landsat- 8 incluirá as mesmas bandas óticas dos Landsat-5 e 7, com modificações destinadas a reforçar a coleta de dados e  melhorar a quantização, que passa para 12 ao invés dos 8 bits utilizados anteriormente. “Estava previsto apenas a presença do sensor principal OLI mas foi confirmada a implantação também da  câmera TIRS  neste novo satélite, o que possibilitará imageamento em bandas termais”, revela Frederico Liporace.

A distribuição dos dados seguirá a política estabelecida pelo USGS para os dados dos outros sensores da série Landsat: as imagens serão distribuídas ortorretificadas, no formato GeoTIFF e estarão disponíveis para  download gratuito através da internet.

O United States Geological Survey (USGS), órgão do governo americano responsável pela recepção e distribuição de imagens de satélites de sensoriamento remoto, anunciou no Workshop  que foram registrados 1.144.564 downloads em 2009 e que esperam processar com o lançamento do Landsat- 8, cerca de 1.100 cenas/dia.

Uma novidade é que o catálogo do USGS, com  todo o acervo do programa Landsat, disponível na internet, sem nenhum custo,  terá em 2012 entre outros benefícios: web services, interface com Google Earth e interface para serviços OGC.

Com informações do Departamento de Comunicação da AMS Kepler

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