O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a Fundação SOS Mata Atlântica divulgaram na quarta-feira (26/5) dados parciais do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica para o período de 2008-2010.

Neste período, foram desmatados ao menos 20.867 hectares de cobertura florestal nativa. Para este resultado foram atualizados os mapas de nove dos 17 Estados onde a Mata Atlântica ocorre: Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo; e a avaliação do período dos municípios destes nove Estados.

Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina foram os que mais desmataram no período, sendo que os cinco municípios que mais perderam cobertura florestal nativa são de Minas Gerais.

Para a realização desta sexta edição do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, foram avaliados 94.912.769 hectares, ou 72% da área total do Bioma Mata Atlântica. Os Estados do Nordeste ainda não puderam ser incluídos nesta atualização devido aos elevados índices de cobertura de nuvens e a previsão é que seus dados sejam divulgados até o final deste ano.

Municípios

Também foram apresentados dados do desmatamento da Mata Atlântica por municípios, nos nove Estados analisados no período de 2008-2010. Minas Gerais novamente lidera o desmatamento de cobertura nativa: os cinco municípios que mais desmataram são mineiros.

O Atlas dos Municípios da Mata Atlântica revela a identificação, localização e situação dos principais remanescentes florestais existentes nos municípios abrangidos pela Mata Atlântica. Pelo Índice de Preservação da Mata Atlântica (IPMA) – indicador criado pela SOS Mata Atlântica e o Inpe –, torna-se possível ranquear os municípios que mais possuem cobertura vegetal nativa.

Para o monitoramento e análise da situação da Mata Atlântica, desde 1989, foram investidos recursos na ordem de 6 milhões de reais, provenientes da iniciativa privada. Esta fase conta com patrocínio do Bradesco Cartões e a execução técnica é da Arcplan.

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