A Agência Espacial Brasileira (AEB) selecionou o consórcio formado pelas empresas AAA, AGR, Union Engenharia e Telecom Bizz para fazer um estudo jurídico e de viabilidade econômico-financeira, no modelo de Parceria Público Privada (PPP), para o projeto de um satélite geoestacionário brasileiro (SGB).

Esse tipo de satélite gira na mesma velocidade da Terra e fica parado em um ponto fixo sobre a linha do Equador, a uma altitude de 36 mil quilômetros. O satélite terá como missões prioritárias serviços para as áreas de comunicações militares e estratégicas, e de meteorologia.

O estudo de viabilidade começou a ser elaborado em abril, mas alguns resultados preliminares já foram apresentados à Agência Espacial. A parte de construção do satélite, seus equipamentos e sistemas, terá uma participação expressiva da indústria nacional.

Concepção

O satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB) começou a ser concebido em 2004, com a contratação da empresa Atech e do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) para a elaboração do primeiro estudo de viabilidade técnica e econômica. A missão do SGB priorizava, então, as áreas de comunicações militares e de controle de tráfego aéreo.

Nessa época, a decisão de se fazer um satélite geoestacionário próprio foi motivada, principalmente, pelo compromisso assumido pelo Brasil de se adequar às recomendações feitas pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), para que os países se adaptassem ao novo sistema de navegação aérea via satélite.

O estudo, concluído em 2005, teve um custo de 10 milhões de reais e foi financiado pelo Fundo Setorial de Telecomunicações (Funttel), gerido pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Antes de ser transferido para a Agência Espacial Brasileira (AEB), em 2007, o projeto do SGB estava subordinado aos Ministérios da Defesa e das Comunicações e era gerenciado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).

Fonte: Valor Econômico

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