Ameaçada pelo desmatamento, a sustentabilidade do bioma Cerrado – cujo Dia Nacional foi comemorado no último sábado (11/9) – depende da implementação de políticas públicas específicas para a região.
Para subsidiar com informações a decisão de gestores públicos sobre a sustentabilidade do Cerrado, a Embrapa Cerrados – unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) – inicia neste ano um novo estudo em rede, que vai reunir mais de 40 pesquisadores de diversas áreas do conhecimento.
Entre as ações governamentais que o projeto pode respaldar está o zoneamento ecológico e econômico para a região, importante ferramenta de ordenamento territorial que enfoca o que o meio ambiente pode oferecer.
GeoCerrado
O novo estudo deve estabelecer modelos e indicadores sobre as condições ambientais atuais do bioma, que ocupa cerca de 25% do território brasileiro. Com o nome de GeoCerrado, o projeto vai avaliar de forma específica seis ecorregiões dentro do bioma: Planalto Central, Oeste baiano, Sudoeste goiano, alto Rio Pardo, depressão do médio Araguaia e a região de Sinop (MT).
A pesquisa envolve vários aspectos, como a cobertura vegetal, o uso da terra e a caracterização do solo e dos recursos hídricos (quantidade e qualidade da água). Com a integração dessas informações serão gerados indicadores geoambientais, que apontam a fragilidade ou a potencialidade de cada local específico.
Os dados poderão ser usados para o governo conhecer dois tipos de realidades que demandam diferentes políticas públicas – tanto as regiões que ainda não produzem com sustentabilidade, quanto as que já trabalham com a preocupação ambiental e, por isso, podem receber incentivos.
Para gerar os indicadores, os estudos comparativos vão avaliar espaços de matas nativas e os já ocupados pelo homem. Em uma segunda fase do projeto, os serviços ambientais – que são os benefícios que o ser humano pode obter de um ecossistema – serão valorados economicamente.
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