Imagine uma quadra poli-esportiva presente em qualquer clube ou condomínio de classe média no Brasil. Em tal espaço, estão sobrepostas linhas que delimitam as regras do jogo de futebol de salão, basquete, vôlei, handebol e tênis. Há uma trave e um cesto em cada uma das duas extremidades da quadra. Coloquem-se os atletas para jogar todos os esportes que têm as respectivas linhas projetadas no chão ao mesmo tempo. Tudo isso submetido a três árbitros, cada qual com competências distintas.
O resultado de tal catarse seria no mínimo curioso. Cada um dos esportistas tentaria fazer prevalecer seu esporte em detrimento dos demais, valorizar seus respectivos esportes pela alta especialidade de suas regras ou pelo simples uso da força, trombariam em quadra, trocariam as bolas, haveria mistura de regras, de cores dos uniformes. E os resultados seriam altamente previsíveis: jogadores contundidos, erros nas contagens de pontos, aumento da possibilidade de ocorrência de jogadas irregulares, enfim, a total inviabilidade da prática concomitante dos esportes em um mesmo espaço.
Em que pese a mal alinhavada comparação, esta é a realidade federativa do Brasil. O país está regionalizado por inúmeras metodologias. Em regra, temos um Estado Federado que contempla 26 Estados, um Distrito Federal e 5.564 municípios, que se dividem em cinco regiões nacionais, 12 regiões metropolitanas, 12 regiões hidrográficas, três regiões referentes à telefonia fixa, diversas áreas de proteção ambiental e muitas outras formas de divisão espacial, em diferentes escalas que, sobrepostas, formam o imenso mosaico do ordenamento territorial brasileiro.
Leia a íntegra da coluna sobre regionalização.
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