A Advocacia Geral da União (AGU) emitiu, este ano, um parecer prevendo que as empresas brasileiras, controladas por sociedades estrangeiras, não poderão adquirir imóveis rurais com mais de 50 módulos de exploração indefinida (dimensão que pode variar de 250 e 5 mil hectares) e ainda limita o tamanho das terras adquiridas, não podendo ultrapassar a 25% da superfície do município onde elas se encontram.
Caso esse parecer seja acatado, as empresas terão um gasto maior para se legalizarem. De acordo com Luiz Antonio Ugeda Sanches, diretor-executivo do Instituto Geodireito (IGD), o parecer apresenta fragilidade tanto política, quanto jurídica.
Joésio Siqueira, vice-presidente da SCTP, declara que muitos investidores já estão abortando seus projetos de investimento no país e consideram essa ação da AGU como uma forma velada de controle de capital.
A declaração de Siqueira se confirma com os números declarados pela Associação Brasileira de Florestas Plantadas (Abraf), mostrando que pelo menos 6 bilhões de reais deixaram de ser investidos no setor florestal no Brasil.
A associação leva em conta aportes congelados por fundos de investimento. Somente um deles cancelou a aplicação de 250 milhões de dólares, de produtoras de celulose, papel e painéis de madeira e siderúrgicas, ou fornecedores dessas companhias, que investem em florestas plantadas para produção de carvão vegetal.
Fonte: Painel Florestal e ValorOnline
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