Redes sociais, dados mais acessíveis e sistemas de informações mais amigáveis fazem público novo sair da toca e dar novos rumos ao mercado
Percebe-se um momento novo no mercado de geoinformação. Por um lado, as redes sociais ampliam o contato entre os profissionais, encurtando distâncias e facilitando a solução de dúvidas e o mapeamento de novas tendências. Nas empresas, a pressão por resultados aumenta e a necessidade de ferramentas de controle se soma ao acesso mais barato aos dados e à maior simplicidade nos sistemas de processamento e análise das informações. Desta forma, multiplica-se a quantidade de usuários que estão descobrindo as vantagens da análise geográfica e da localização em várias aplicações.
No perfil dos eventos do setor, podemos ver esta mudança com muita clareza. Os congressos internacionais, à moda antiga e as palestras mais técnicas e detalhadas vêm perdendo espaço para seminários mais enxutos, com espaços transformados e mais interativos. O tempo, hoje, é muito valioso e tem que ser bem aproveitado. O participante de um evento quer ir direto ao ponto, ouvir tendências, fazer seus questionamentos, conhecer colegas do setor, trocar experiências e ver as novidades, e depois precisa voltar rapidamente para o seu trabalho.
Ninguém mais tem tempo para ficar cinco dias num evento, ou assistir uma apresentação de um caso de sucesso, que nem sempre conta tudo, em quase uma hora e no final não poder fazer perguntas. Ou, ainda, debater o sexo dos anjos em mesas redondas intermináveis. Temos comprovado isso nos vários seminários que realizamos, nos quais faço questão de conversar com o maior número possível de pessoas. Todos gostam deste novo modelo, pois temos tido uma aprovação dos eventos de mais de 85% dos participantes. Além disso, os próprios debatedores que fazem parte das rodadas de perguntas&respostas aprovaram, pois ficam mais a vontade, não perdem tempo em fazer longas apresentações em power point e acabam passando informações mais estratégicas, mostrando as vantagens deste novo formato em relação ao tradicional.
Nas estatísticas que temos feito, mais de 70% dos presentes nunca havia participado de eventos de geoinformação anteriormente. Visualmente, é fácil perceber que a maioria são de rostos novos mesmo. Este novo formato de evento não é nossa invenção, pois já vem sendo adotado no mundo inteiro em encontros de tecnologia. Estamos usando este modelo nos nossos seminários de um dia e também no novo evento MundoGEO#Connect. Apesar de ter três dias de duração, o encontro tem várias atrações que podem ser escolhidas a vontade. Serão seis seminários e três cursos, para os mais diversos interesses e gostos, além de uma feira com as principais empresas do setor (ver matéria completa nas páginas 24 a 28). Ou seja, em apenas um dia o participante poderá se atualizar num dos eventos paralelos a dar uma olhada, num só local, em todas as soluções disponíveis no mercado de geotecnologias.
Emerson Zanon Granemann
Engenheiro cartógrafo, diretor e publisher da Editora MundoGEO
emerson@mundogeo.com