Os estudos sobre os impactos da atividade humana no bioma Pantanal, alterações na paisagem e influência das mudanças climáticas na região estão cada vez mais precisos. Vários cientistas do Brasil e do exterior vêm desenvolvendo pesquisas nesse ambiente com a aplicação das geotecnologias.
A popularização de técnicas de processamento de imagens e sensoriamento remoto tem levado os pesquisadores da área a buscarem soluções, inclusive com o uso de ferramentas de software livre e informações disponíveis em bancos de dados públicos.
O método denominado Height Above the Nearest Drainage (Hand) permite melhor visibilidade de terrenos topográficos, auxiliando a criação de mapas de ambientes com melhor qualidade de resolução. Desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), já possibilitou a geração de uma série de mapas de riscos usados em programas de conservação ambiental.
Este modelo foi apresentado na palestra “Água e Terra, uma relação fascinante”, por Antônio Donato Nobre, pesquisador do Inpa, durante o 3º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal (3º GeoPantanal).
Uma ferramenta geoespacial para detecção de mudanças no nível da água de áreas úmidas foi apresentada no simpósio pelo professor Shimon Wdowinski, da Universidade de Miami, nos Estados Unidos. Ele realizou diversas pesquisas no sul da Flórida com o Wetland InSAR, que detecta alterações do nível de água em ambientes aquáticos com vegetação emergente.
O 3º GeoPantanal, realizado em Cáceres, Mato Grosso, de 16 a 20 de outubro de 2010, foi organizado pelo Inpe, Embrapa Informática Agropecuária, Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT).
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www.geopantanal.cnptia.embrapa.br