Imagens obtidas por meio de satélites têm sido importantes para fornecer um retrato exato da extensão da destruição causada pelo terremoto seguido por tsunami que atingiu o Japão em 11 de março.
O International Charter Space and Major Disasters, que distribui dados orbitais para auxiliar países afetados por desastres naturais, foi acionado pelo governo japonês no mesmo dia em que o desastre ocorreu. Como resultado, imagens feitas por diversos satélites estão sendo utilizadas para mapear as áreas afetadas.
Em janeiro, após deslizamentos na região serrana do Rio de Janeiro, o International Charter Space and Major Disasters foi acionado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para fornecer imagens e dados para serem utilizados nos trabalhos de recuperação e prevenção.
Fundada na Europa em 2000, a iniciativa combina dados de satélites de várias agências e operadores espaciais de modo a fornecer informações gratuitas que possam ajudar na coordenação de respostas mais rápidas a grandes desastres naturais, como os esforços de auxílio nas áreas atingidas.
A partir dos dados reunidos, especialistas têm podido avaliar a extensão da devastação causada pelo terremoto e tsunami que até o momento soma mais de 8 mil mortes confirmadas, com outras 12 mil pessoas desaparecidas e 360 mil evacuadas e acomodadas em abrigos temporários.
A comparação de imagens feitas antes e depois do desastre permite verificar onde havia estradas, prédios e outras construções e estimar o que foi destruído.
O trabalho de análise dos dados é coordenado pela Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (Jaxa) e pelo Instituto de Tecnologia da Ásia. Entre os satélites utilizados estão o TerraSAR-X, da Alemanha, o SPOT-5, da França, o Envisat, da Agência Espacial Europeia (ESA), e unidades dos Estados Unidos.
Segundo a ESA, a análise dos dados ajudará não apenas no processo de avaliação e reconstrução no Japão, mas no aumento da compreensão de como desastres naturais podem atingir áreas habitadas, conhecimento essencial para o desenvolvimento de melhores sistemas de alerta.
Uma divisão do International Charter Space and Major Disasters está analisando 20 anos de dados de satélites de observação para ajudar a entender melhor o impacto dos riscos geológicos.
Fonte: Agência FAPESP
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