O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, anunciou no dia 18/05 novos instrumentos que vão auxiliar no combate ao desmatamento na Amazônia. Os dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), via monitoramento por satélites, passam a ser informados online para reforçar o trabalho de fiscalização em campo, em especial, nas áreas embargadas.

A avaliação pelo INPE e IBAMA, durante os meses de março e abril, indicou para o alerta de desmatamento de 593 km² na Amazônia. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, considerou a situação atípica depois de um longo período com registro de queda na taxa de desmatamento na região amazônica, com destaque para o estado mato-grossense, onde estão sendo utilizadas práticas legalmente proibidas (inclusive com o uso de correntes e tratores) e durante o período de chuvas, quando as nuvens prejudicam a visualização. “Os dados apresentados mostram 62% dos municípios com redução do desmatamento e 15% dos municípios com aumento do desmatamento em áreas que tradicionalmente não tinha esse desmatamento”, frisou. Ela informou que o combate tem sido feito por meio de várias ações, como o deslocamento de mais agentes de fiscalização ao local, parceria da Polícia Federal, instalação de um gabinete de crise, avaliações, relatórios e reuniões semanais, além da cooperação com o Inpe e antecipação das atividades planejadas. Na ocasião, Mercadante anunciou lançamentos de satélites para os próximos anos na intenção de tornar os dados fornecidos pelo Inpe ainda mais precisos. “No ano que vem nós vamos ver com cinco vezes mais eficiência do que já vemos” ressaltou. No total, estão previstos investimentos da ordem de R$ 1 bilhão de reais para a uma nova geração de satélites, com ganho para o monitoramento de florestas, nos próximos três anos: o satélite Cibers 3, em 2012, do Amazônia 1, em 2013 e do Cibers 4, em 2014. “Esse trabalho conjunto vai trazer respostas bem rápidas e mais eficientes pra gente poder documentar o que aconteceu, sustentar juridicamente o Ministério Público e, ao mesmo tempo, melhorar a nossa política de prevenção com dados de qualidade em tempo real.”, destacou Mercadante.

Veja a entrevista concedida por Mercadante na WebTV no Mnistério da Ciência e Tecnologia: http://webtv.mct.gov.br/#123