O sistema de informação geográfica no desenvolvimento de Angola
Angola é um país da costa ocidental do continente Africano, colonizado durante cerca de cinco séculos por Portugal e que, consequentemente, tem a língua portuguesa como língua oficial. A nação angolana sofreu duas das mais longas guerras da história mundial. A primeira foi a Luta de Libertação Nacional contra o colonialismo, que se iniciou em 1961 e culminou em 1975, com a proclamação da independência e com o nascimento de um novo País africano. O Brasil destaca-se por ter sido, nessa altura, o primeiro país a reconhecer tal fato e por ter sempre mantido excelentes relações com a República de Angola. Todavia, 1975 também foi marcado com o início de um segundo conflito armado, muito mais longo que o primeiro e que duraria até 2002, ano em que findaria oficialmente a guerra, deixando, no entanto, efeitos devastadores, extensivos a todos os setores da vida do País e com um rastro de degradação na grande maioria das suas infraestruturas.
Hoje, Angola desponta para o mundo como um país em desenvolvimento, sendo o segundo maior produtor de petróleo do continente africano e a economia que mais cresce. Esta vertente é marcada com um novo período, o da “reconstrução nacional”, em que pontes, estradas, edifícios, redes de infraestruturas, portos e cidades são reconstruídas ou reabilitadas por todo o país.
O espaço geográfico em Angola vive em constante mudança, a cada dia surgem novos edifícios e cidades, como podemos citar o caso do projeto de habitação social do município do Kilamba Kiaxe em Luanda, a capital, onde se prevê a construção de aproximadamente 710 edifícios para 160 mil pessoas até 2012.
Outro desafio imediato é o crescimento populacional, onde Angola tem assistido ao acentuado crescimento da população urbana e a ocupação desregrada do espaço, obrigando o governo a definir políticas direcionadas para a requalificação urbana e para a criação de novos espaços qualificados para o crescimento urbano, sendo o Programa de Urbanização das Reservas Fundiárias para Fins Urbanísticos e de Promoção da Habitação Social a resposta principal na resolução das condições deficientes de habitabilidade e no fomento da habitação social. No âmbito desse programa nacional da habitação o governo angolano construiu 249 mil casas em todo o país, prevendo a construção de um total de um milhão de casas.
Neste contexto, os SIGs se revelam como uma ferramenta indispensável para sociedades em desenvolvimento, pois surge a necessidade de implementação de solução tecnológica e sistemas de gestão territorial para o auxílio na análise, planejamento e avaliação, permitindo análises espaciais complexas, sendo usado no apoio à investigação e tomada de decisões, referentes a variados aspectos nos quais um plano de reconstrução a nível nacional exige.
Atualmente grandes empresas internacionais atuam no mercado geotecnológico. A Sinfic, como empresa líder em soluções de gestão integrada do território, em Angola, tem desempenhado um papel importante nesse processo de reconstrução nacional. Com quase duas décadas atuando no país e também com filiais em Portugal, Moçambique, Brasil e mais recentemente na Guiné Bissal, a empresa tem sido capaz de prover soluções em todas as 18 províncias, com destaque para os projetos de cartografia de apoio aos Planos de Urbanização e também os Planos de Desenvolvimento Municipal.
Além disso, com uma larga oferta de serviços nas área de topografia, sensoriamento remoto, implementação de SIG desktop e web mapping, fez com que a empresa conte com uma cartilha de mais de 100 clientes e parceiros internacionais, É ainda a empresa certificada pela Esri como distribuidora em Angola e fornecedora de soluções da família ArcGIS na venda, promoção, divulgação, formação oficial e suporte técnico.
Por Eduardo Hoffmann, gerente de negócios da Unidade SIG Cartografia da Sinfic – Angola