O Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG) apresentou no dia 23 de novembro o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do Litoral do Paraná. Os trabalhos de ZEE de todas as regiões do estado têm conclusão prevista para o final de 2012.
O Litoral foi escolhido para ser a primeira etapa a pedido do secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jonel Iurk. “Nós priorizamos a bacia litorânea em função das demandas surgidas em decorrência dos grandes investimentos que ali aportam. O zoneamento é instrumento para auxiliar na tomada de decisões estratégicas, baseadas em elementos técnicos”, disse o secretário. “É um desafio que exige uma grande capacidade analítica e de compreensão das variáveis ambientais e econômicas.”
O trabalho foi executado por uma equipe técnica científica formada por funcionários de diversos órgãos estaduais, coordenados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG).
A exposição das informações, na sede da Emater, em Curitiba, foi feita pelo geógrafo Jurandyr Ross, professor da Universidade de São Paulo (USP). Segundo ele, o zoneamento é uma importante ferramenta para a implementação de um desenvolvimento sustentável, indicando meios para que ocorra paralelamente à conservação dos recursos naturais e com o menor impacto ambiental possível. “O zoneamento identifica áreas de expansão da ocupação urbana. Ele é instrumento indicativo para a criação ou impedimento de atividades sócio-econômicas nas regiões estudadas”, explicou.
Vocação e restrições econômicas
O secretário estadual da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, também esteve na apresentação e ressaltou a importância do ZEE. “Precisamos liberar áreas para a produção, mas também estabelecer mecanismos de compensação ambiental. A infraestrutura para a região Litoral tem grande potencial de crescimento, principalmente com a futura exploração do pré-sal. O ZEE é um mecanismo importante para o desenvolvimento do Estado, para a definição de investimentos de longo prazo e que precisam de diretrizes“, disse o secretário.
O mapeamento do Litoral reuniu informações e características das áreas dos municípios da região, identificando limitações, fragilidades, potencialidades e aptidões. O documento ainda aponta tendências para as regiões e propõe restrições a certas atividades sócio-econômicas.
Com informações do IGD e do Correio do Litoral – PR