No dia 24 de novembro foi assinado um acordo de cooperação, em Curitiba (PR), pelo Instituto Tecnológico Simepar e Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA), que integrará competências e tecnologias para prever eventos meteorológicos severos a tempo de mitigar seus efeitos sobre as populações, cidades e culturas agrícolas.
“Com a proximidade do verão, aumentam os riscos de fenômenos naturais severos de alto potencial destrutivo, como chuvas e ventanias fortes que acarretam deslizamentos, alagamentos, enchentes e outras consequências, resultando em mortes, desabrigados e desalojados, estradas interditadas, pontes danificadas, rede de energia elétrica atingida e perdas materiais significativas”, observa o diretor do Simepar, engenheiro Eduardo Alvim Leite.
Segundo ele, a agricultura costuma ser bastante afetada, com plantações destruídas e enormes prejuízos que comprometem a competitividade do setor e a segurança alimentar da sociedade. “No contexto do aquecimento global e das mudanças climáticas com forte impacto sobre o zoneamento agrícola, a agroclimatologia constitui ferramenta de planejamento e gestão”, afirma o diretor.
A cooperação entre Simepar, IICA e Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) beneficiará especialmente o Sistema de Decisão Agrometeorológica (Sisdagro), instituído em 2008 para fornecer ao agricultor informações sobre balanço hídrico climático e período de cultivo para diversas culturas. Em ambiente web de fácil navegação, essa sofisticada tecnologia apresenta parâmetros meteorológicos e dados de déficit ou excedente hídrico nas plantações, conforto térmico para o gado, riscos de pragas e doenças no plantio.
Centro Virtual
Outra iniciativa prevista na parceria é a construção do Centro Virtual para Avisos de Eventos Meteorológicos Severos, potencialmente causadores de perdas humanas e graves danos materiais. Sob a coordenação do Inmet, os centros de operação meteorológica do Brasil e da América do Sul serão integrados em ambiente colaborativo e multidisciplinar.
“Com base em dados fornecidos em tempo real sobre a duração, localização e intensidade de eventos meteorológicos severos, unidades de defesa civil poderão preparar-se melhor e autoridades poderão tomar decisões em caráter imediato”, explica Alvim Leite.