O MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012, maior encontro do setor de geotecnologia da América Latina, que acontece de 29 a 31 de maio no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP), apresentará um seminário sobre as características e processos técnicos que envolvem os dados geoespaciais, tais como especificação, normatização, padronização, modelagem e controle de qualidade das bases. Além disso, serão expostos aspectos referentes à legislação e ao uso dos dados.
Os dados geoespaciais são compostos pelas coordenadas geográficas de um território, a descrição deste e a localização, entre outras informações. São usados para várias finalidades, entre elas nos trabalhos de cartografia. Um exemplo é: para o Google Earth funcionar, ele precisa das coordenadas de um pontos, linhas e áreas, obtidas através de várias formas, tais como imagens, dados de GPS, entre outras.
O Seminário Qualidade de Dados Geoespaciais acontecerá no dia 30 de maio, a partir das 9h, e contará com quatro painéis, com abordagens diferenciadas sobre o tema. No primeiro momento, acontecerá uma palestra sobre a legislação cartográfica atual, com a presença de um representante do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O painel abordará as principais leis que regem o setor de geotecnologia, bem como as mudanças propostas nesse âmbito.
Logo após, um debate irá esclarecer a importância dos processos de especificação, normatização, padronização e controle de qualidade nas bases de dados geoespaciais. Este último item está dividido em duas partes, como explica o Coronel Omar Antonio Lunardi, da Diretoria do Serviço Geográfico do Exército (DSG), um dos palestrantes desse painel.
“[Primeiro]Durante a produção – a qualidade de um produto é fruto da criteriosa observação das metodologias de trabalho (para cada processo) pelos operadores . O controle de qualidade físico desta qualidade é efetuado pela avaliação realizada pelo revisor do processo, segundo parâmetros pré-definidos. Para tal é fundamental elaborar detalhadas metodologias de trabalho em conformidade com as especificações técnicas do produto, que no caso de dados geoespaciais oficiais de referência para escalas iguais ou maiores que 1:250.000, é a Especificação Técnica para Produtos de Conjuntos de Dados Geoespaciais (ET-PCDG), elaborada segundo a norma ISO 19131”.
E o segundo momento ocorre após a conclusão do produto, com o controle de qualidade estatístico, verificando se os elementos de qualidade expressos nos metadados [dados que descrevem os dados] correspondem a realidade e se são os expressos para aquele produto na ET-PCDG. “Para o caso dos dados geoespaciais oficiais de referência, para escalas iguais ou maiores que 1:250.000, é a Especificação Técnica para Controle de Qualidade de Produtos de Conjuntos de Dados Geoespaciais (ET-CQPCDG), que define os procedimentos para essa avaliação”, complementa.
O último painel do dia será direcionado àqueles profissionais ou empresas que contrataram a geração ou a atualização das bases de dados geoespaciais. O enfoque desta palestra estará na manutenção dos prazos e da qualidade e também no limite orçamentário disponível para todo o processo. Foram convidados para discutir esses assuntos, representantes da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); e Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).
Serviço
Seminário: Qualidade de Dados Geoespaciais
Data: 30 de maio, das 9h às 17h45.
Local: Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo (SP).
Informações: https://mundogeoconnect.com/2012/grade/seminario-qualidade-de-dados-geoespaciais/