MundoGEO inicia série de pesquisas sobre o mercado de geotecnologia. Sensoriamento remoto foi o primeiro tema
Em março de 2012 foi iniciada uma série de pesquisas que tem como objetivo esquadrinhar a indústria geoespacial no Brasil e na América Latina. Serão várias campanhas ao longo do ano, divididas por temas específicos. Ao final, será possível fazer um estudo completo das principais tendências do setor e também saber o tamanho do mercado de geotecnologia na região.
A primeira pesquisa foi sobre sensoriamento remoto e mostrou que quase metade dos usuários, na maioria do tempo, trabalha com integração de imagens com GIS, seguido de processamento de imagens, enquanto uma pequena parcela trabalha com a coleta direta de dados ou com o compartilhamento das informações.
Também foi perguntado qual tipo de resolução é mais importante para cada tipo de aplicação. Neste quesito, era possível escolher mais do que uma opção. Como resultado, mais de 73% escolheu a resolução espacial, 33% a espectral, 30% a temporal e 14% a radiométrica. Quanto às necessidades dos usuários, praticamente dois terços falaram que precisam somente de dados geográficos, enquanto o restante tem como demanda uma solução corporativa completa que permita tomar decisões.
Sobre os atributos para escolha de um produto de sensoriamento remoto, também era possível escolher mais do que uma opção. Assim o resultado foi o seguinte: qualidade 66%, precisão e/ou acurácia 65%, preço 57%, facilidade de uso 38%, rapidez na entrega 23%, dados tridimensionais 21% e suporte 12%.
Dentre os comentários deixados pelos participantes da pesquisa, destaca-se o de Marcelo Polanski. Segundo ele, “muitas empresas distribuidoras de imagens de satélite deveriam especializar-se mais no pré-venda e pós-venda, pois, ao vender uma imagem, a empresa deve oferecer soluções, e não deixar o cliente com mais dúvidas na hora de adquirir dados para seu projeto”.
Fernanda Sousa Martins Vilela, consultora ambiental, também deixou seu depoimento. “Tenho somente elogios a fazer e parabenizo a iniciativa e preocupação em aprimorar a qualidade dos produtos oferecidos (imagens, programas, etc.), dos cursos e dos serviços prestados pelo MundoGEO”. Por outro lado, Paulo Gurgel comentou que “este tipo de pesquisa é muito interessante, entretanto as questões precisam ser reestruturadas para contemplar melhor um cenário técnico & comercial”.
Na opinião de Alberto Calderon, “quando desenvolvemos um projeto em GIS associamos uma grande quantidade de dados espaciais e dados tabulares de diversas disciplinas. O que não se pode mais é perder tempo em registrar imagens e termos problemas com projeções”.
A pesquisa do MundoGEO teve uma grande aprovação, e vários participantes sugeriram a realização de mais estudos deste tipo. Aguarde as próximas pesquisas e participe você também! Os resultados serão compartilhados com a comunidade, pelo portal e revista MundoGEO.
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