A Shenzhou-9, nave espacial tripulada da China lançada às 07h37 do último sábado (16), contou com o apoio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nas suas primeiras operações em órbita. A missão levou três astronautas, incluindo a primeira mulher chinesa a ir ao espaço, para realizar a acoplagem com o módulo Tiangong-1, lançado em setembro do ano passado. Os astronautas chineses acoplaram nesta segunda-feira (18), com sucesso, a nave Shenzhou 9 ao módulo Tiangong-1.
O apoio foi dado pela estação de rastreio de Alcântara, no Maranhão, do Centro de Rastreio e Controle de Satélites (CRC) do Inpe, que transmitiu à espaçonave telecomandos recebidos em tempo real do Centro de Controle Chinês, efetuou medidas distância e Doppler para determinação de órbita e recebeu dados de telemetria para monitorar o estado de funcionamento da Shenzhou-9.
O CRC/INPE rastreará a Shenzhou-9 durante as suas oito primeiras passagens pela estação terrena de Alcântara. Todos os dados gerados serão transmitidos em tempo real ao Centro de Controle Chinês, em Xi’an.
As atividades foram iniciadas às 10h13 deste sábado, horário do início da primeira passagem da espaçonave pela estação de Alcântara, e continuar até as 22h00 de segunda-feira (18/6), quando se encerra a participação do Inpe.
Em São José dos Campos, o centro de controle do CRC/INPE receberá da China informações atualizadas sobre a órbita da espaçonave e gerará dados de cada futura passagem sobre Alcântara como, por exemplo, os instantes de entrada e saída de visibilidade e os ângulos de apontamento da antena da estação de rastreio.
Em 2011, o CRC/INPE também acompanhou os primeiros dias de operações da Shenzhou-8, lançada em 31 de outubro. O apoio às missões chinesas foi solicitado pelo CLTC (China Satellite Launch and Tracking Control), que mantém longa parceria com o Inpe no âmbito do Programa Cbers (China-Brazil Earth Resources Satellite).
Atualmente, ao mesmo tempo em que dá suporte aos parceiros internacionais, o CRC/INPE realiza o controle e a recepção de dados dos satélites brasileiros SCD-1 e 2 e se prepara para a operação do sino-brasileiro Cbers-3 e do brasileiro Amazônia-1.
Fonte: INPE