Segundo o ex-diretor, o órgão tem que sair da esfera do serviço público direto para se tornar uma organização pública não estatal
Durante o evento MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012, que aconteceu em São Paulo, a equipe MundoGEO conversou com Gilberto Câmara, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), onde esteve a frente como diretor do órgão de 2005 a 2011.
Ao conversar com a MundoGEO, ele falou sobre os desafios que o Inpe enfrentou durante a sua gestão. O ex-diretor faz uma crítica ao sistema de gestão pública no Brasil, apontando que o país não distribui eficientemente os recursos para o setor. “Outros países gastam, em proporção ao PIB, aproximadamente duas ou três vezes mais do que se gasta no Brasil, em recursos”, afirma ele.
Gilberto Câmara ainda comenta que, entre as suas maiores realizações como diretor do órgão, estão a integração cada vez mais forte entre o Inpe e a sociedade, além da abertura dos dados, o supercomputador do centro de estudos em mudanças climáticas e, por fim, o satélite Cbers-3, que deve ser lançado no fim do ano, com resolução espacial de cinco metros.
Outro ponto abordado pelo ex-diretor refere-se à fusão da Agência Espacial Brasileira e o Inpe. “O Inpe tem que sair da esfera do serviço público direto para ser mais eficiente, o que pode ser benéfico para a fusão da AEB e do Inpe; deve ser uma organização pública não estatal [ou seja, organizações privadas que colaboram com o Estado]”, completa.
Veja a entrevista completa no link http://www.youtube.com/watch?v=Jk5Nbo00D_0 ou a seguir: