Uniformizar a metodologia de mapeamento, padronizar os níveis de alerta e regionalizar os dados, por meio de parcerias com diversas instituições. Essas são algumas das metas do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) apresentadas na última segunda-feira (2) pelo geólogo da instituição Aluísio Graminha, durante o balanço do Programa de Gestão de Risco e Resposta a Desastres Naturais, realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), no Rio de Janeiro.

Ao destacar que o Cemaden tem priorizado o monitoramento das áreas de risco no país, o geólogo exibiu estatísticas sobre a distribuição dos desastres naturais no país, como inundações, deslizamentos, epidemias e vendavais. A ideia do centro é integrar a base geológica, hidrológica e meteorológica de 1.400 municípios.

“Através do mapeamento realizado com dados da CPRM, o Cemaden avalia o cenário de riscos, realiza o trabalho de monitoramento e alertas e transformamos essas informações em conteúdo útil à sociedade”, explicou o geólogo.

Sobre as vantagens da criação de uma base integrada de dados e de efetivação do plano estratégico para o uso dos radares meteorológicos, Graminha comentou que essa “é uma medida que tem que estar presente e vai otimizar o trabalho da Defesa Civil em relação aos desastres naturais, visando agilizar o monitoramento e minimizar o impacto dos desastres”.

O coordenador executivo nacional de mapeamentos do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), geólogo Jorge Pimentel, destacou que a meta da instituição de realizar, até 2014, um levantamento das áreas de risco em 821 municípios brasileiros. “Este ano, serão mapeadas mais de 200 cidades. Outras 286 que apresentam incidência para deslizamentos e enxurrada ganharão mapas de suscetibilidades”, revelou Pimentel. Também participaram do evento representantes do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) e do Ministério de Minas e Energia (MME).

Fonte: CPRM