Em recente reunião realizada em Buenos Aires, Brasil e Argentina retomaram o projeto Sabiá-Mar, satélite de observação oceanográfica, em especial, da costa atlântica, desde o norte do Brasil até o sul da Argentina.
A Agência Espacial Brasileira (AEB) tem um acordo com a Argentina para o desenvolvimento conjunto deste satélite oceanográfico, destinado a monitorar o meio ambiente marinho e os recursos hídricos litorâneos, que pelas novas perspectivas, possa vir a resultar em uma família de satélites.
Nesta reunião técnica, firmou-se o compromisso de se reiniciar o projeto de cooperação, após a definição dos grupos de trabalho de ambos os países. Até março de 2013, os grupos deverão apresentar um relatório com a revisão dos requisitos do projeto; e até julho, apresentar um projeto já mais elaborado, incluindo cronograma de execução.
Participaram da reunião representando o Brasil, Carlos Gurgel, diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da Agência Espacial Brasileira (AEB), Leonel Perondi, diretor do INPE, e a Secretária Patrícia Leite, da Embaixada do Brasil em Buenos Aires. Do lado Argentino esteve presente Conrado Varotto, diretor Executivo e Técnico da CONAE, Fabián Oddone, Ministro da Embaixada da Argentina em Brasília, Engenheiro Fernando Hisas, assessor da CONAE, Engenheiro Daniel Caruso, chefe do Projeto Sabiá-Mar pela CONAE, e Ana Médico, relações internacionais da CONAE.
O Projeto Sabiá-Mar, lançado em 2007 entre Brasil e Argentina, recém reativado, pode iniciar uma cooperação mais técnica, desenvolvendo os principais componentes de carga útil do projeto, com forte participação das respectivas indústrias na criação e produção destas plataformas. Concretizada a missão, as imagens geradas serão de grande impacto social nos dois países.
Cooperação internacional
A parceria Brasil-Argentina também inclui outros projetos. Prova disso é a visita da delegação argentina ao Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), em março deste ano. Também deve visitar o CLA, a convite da AEB, uma comitiva de diretores das principais empresas espaciais argentinas.
Ademais, no Seminário das Nações Unidas sobre Direito Espacial, reunido em Buenos Aires de 5 a 8 de novembro, o Brasil propôs a criação de uma constelação latino-americana de mini satélites – cada país construiria o seu, apoiado, se possível, nas universidades e em seus grupos de estudantes mais interessados no tema. A região se integraria por meio de satélites, numa experiência sem precedentes. A ideia foi muito bem recebida pelos participantes do encontro.
Fonte: AEB
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