A Capgemini, fornecedora de serviços de consultoria, tecnologia e terceirização, anuncia os resultados da pesquisa mundial sobre a adoção da computação em nuvem pelas empresas, as principais razões por trás dessa tendência e as dificuldades enfrentadas.
O relatório Business Cloud: The State of Play Shifts Rapidly: Fresh Insights into Cloud Adoption Trends (Nuvem Corporativa: A situação muda rapidamente: novas percepções sobre a tendência de utilização da nuvem, em português) revela que, apesar de não podermos considerar o mercado da computação em nuvem totalmente maduro, 81% das organizações estão usando algum tipo de tecnologia na plataforma e estão amadurecendo – ou perto da maturidade – em termos de adoção da nuvem¹.
A pesquisa com 460 líderes de TI e diretores de importantes empresas do mundo inteiro destaca a importância estratégica cada vez maior da computação em nuvem – 76% delas possuem uma estratégia formal nessa área. No entanto, ainda não está claro quem deve ser o principal responsável pela adoção das iniciativas voltadas à nuvem dentro da organização. O Conselho Executivo é visto tanto como um motivador (29%) quanto um obstáculo (28%), o que sugere que, em muitos casos, a utilização de cloud computing ainda esteja sendo adiada devido à falta de conhecimento e comprometimento da alta direção das empresas.
“É seguro concluir que, a esta altura, os benefícios da nuvem já são claros e amplamente conhecidos. A adoção da plataforma, do ponto de vista da empresa, deve trazer uma grande mudança e assumir uma função cada vez mais estratégica na instituição, fenômeno conhecido como Business Cloud. A adoção de soluções em cloud está deixando de ser uma iniciativa da área de TI, ficando a cargo da unidade de negócios, à medida que as organizações passam a visar um valor mais tangível para o seu negócio”, afirma Ron Tolido, vice-presidente e diretor de tecnologia de aplicativos da Capgemini para a Europa Continental. “A nuvem se tornou rapidamente uma nova referência em termos da disponibilização de soluções fáceis, rápidas e flexíveis às empresas, promovendo o trabalho conjunto da TI com o negócio de uma maneira totalmente nova”.
No entanto, a migração para a nuvem está sendo afetada pela contínua preocupação acerca de sua adoção, uma vez que mais de 40% dos respondentes citam o seu receio em termos de segurança como um impedimento para assumir a nuvem, enquanto 56% afirmam que confiam na plataforma para armazenar dados. Mais de um terço (35%) também citou o problema da propriedade dos dados, devido à localização física dos dados armazenados em cloud, como uma importante barreira à adoção, principalmente nas regiões da Europa, Oriente Médio e África. Consequentemente, o relatório destaca que 40% das companhias preferem soluções em nuvem privada, externas e hospedadas por uma empresa parceira, e 26% afirmaram preferir soluções internas de nuvem privada.
Como resultado, o relatório destaca a necessidade de uma abordagem mais ‘orquestrada’ com o cloud, conforme as empresas tentam lidar com o crescente ecossistema de prestadores de serviços, plataformas e soluções baseadas na nuvem. Paul Nannetti, diretor global de vendas e portfólio da Capgemini, afirma: “O cloud é um novo recurso voltado para a agilidade dos negócios, que aproxima como nunca o poder da tecnologia da informação aos negócios. Hoje, não falamos mais sobre a jornada até a nuvem, o que importa é o que proporciona”.
Cloud computing no Brasil
A pesquisa sobre cloud computing realizada pela Coleman Parkes Research, feita sob encomenda da Capgemini, apontou os seguintes dados sobre o assunto no mercado brasileiro:
• 78% das empresas no Brasil, contra 76% do número total de organizações, criaram uma estratégia para adotar a computação em nuvem. Isso demonstra claramente a maturidade do cloud no mercado brasileiro, pelo menos em termos de politica estratégica;
•Não existe nenhuma diferença real entre os principais desafios e os mais importantes motivos de incentivo da computação em nuvem no Brasil. 44% das empresas citam o Conselho Administrativo das organizações como principal obstáculo, mas 21% o citam como fator incentivador. 28% das companhias brasileiras afirmam que o Diretor de Segurança (CSO) impõe obstáculos para a adoção da nuvem, mas 41% dizem que ele é um incentivador. A confusão está na relativa imaturidade corporativa na utilização da nuvem e no fato de que apesar de haver uma politica estratégica nas instituições, esta ainda precisa ser transformada em atividade operacional;
• A razão principal pela qual essa pequena parcela das empresas brasileiras ainda não desenvolveu uma estratégia para adoção da nuvem é que essa tecnologia não é vista como uma prioridade (razão mencionada por 64% das companhias brasileiras que não utilizam cloud computing). Mas 19% das organizações do País declararam não ter a mínima ideia de como definir essa estratégia;
• Entre as empresas brasileiras, os dois fatores que mais têm impulsionado a mudança para a nuvem são “A computação na nuvem influencia os modelos futuros de centros de dados e de operações” (mencionado por 74% das empresas do Brasil como sendo importante, em relação a 65% de todas as empresas) e “O modelo cêntrico da nuvem se torna uma necessidade” (mencionado por 67% das empresas do País);
• No total, 87% das empresas brasileiras concordaram que o momento econômico está levando à migração para a nuvem;
• Em termos de desenvolvimento de aplicativos por meio da nuvem, o foco está, claramente, nos novos aplicativos, mencionado por 92% das empresas;
• Há prioridade e preferência clara pela nuvem privada no Brasil. Quando questionadas sobre sua preferência, 46% das organizações brasileiras citaram soluções de nuvem privadas externas e hospedadas por uma empresa parceira e 26% mencionaram a nuvem privada interna. Apenas 8% das empresas preferem a nuvem pública – muito menos do que a média da pesquisa (19%);
• Entre 71% das empresas que participaram da pesquisa, mais de 60% indicam preferência pela nuvem privada, sendo esse número mais baixo do que no Brasil (61%);
• Os dois principais acontecimentos ou motivos que levam as empresas a optar pela nuvem são os mercados e territórios em desenvolvimento (52% no Brasil) e um novo aplicativo (32%);
• 67% das empresas no Brasil (57% em comparação ao total em todo o mundo) relatam que, em termos de aplicativos voltados ao usuário, os aplicativos para desktops consumirão serviços na nuvem, enquanto 28% mencionaram os aplicativos de busca e 26% os aplicativos móveis – este último número deve mudar no médio prazo;
• Entre as empresas brasileiras que conhecem a plataforma Microsoft Windows Azure, os principais benefícios citados quanto à adoção da tecnologia foram “velocidade” (46%), “gestão e monitoramento” (46%) e “preferência do fornecedor por mais produtos” (46%);
• Os maiores obstáculos para a utilização da nuvem pelas empresas no Brasil são: “medo relacionado às falhas na segurança” (mencionado por 52% das empresas), “encontrar o parceiro certo” (38%) e “falta de integração” (36%). Apesar de diversos obstáculos mencionados, apenas um foi citado por mais da metade das companhias;
• Em termos de proporcionar tranquilidade, as empresas brasileiras priorizam o desenvolvimento e a gestão de SLAs do integrador de sistemas (62%), e não do fornecedor das soluções em nuvem (38%);
• 42% das empresas no País afirmam que confiam na colocação de dados na nuvem; 58% veem a nuvem como opção para a racionalização de aplicativos e 92% são mais propensas a migrarem novos aplicativos para a nuvem em vez dos aplicativos existentes. 52% das instituições brasileiras (de acordo com um total de 52%) concordam que “as pessoas escolhem o que conhecem e confiam”;
• Entre as empresas que participaram da pesquisa, espera-se que 25% aumentem o seu investimento em soluções em nuvem no próximo ano e o Brasil espera um aumento de 21%, ligeiramente abaixo do padrão. 14% das organizações brasileiras não pretendem aumentar o seu investimento em soluções em nuvem em 2013.
Informações geoespaciais e GIS na cloud
As possibilildades de uso e manipulação dos dados geoespaciais estão crescendo em um ritmo acelerado, principalmente em relação ao GIS móvel e nas nuvens. Cada vez mais grandes companhias vêm investindo em aplicações e dispositivos móveis e inteligentes, armazenando dados nas nuvens, e implementando plataformas de mapeamento colaborativo.
Para apresentar e debater junto com a comunidade geoespacial as novidades em tecnologias móveis e nas nuvens, o MundoGEO#Connect LatinAmerica 2013, Conferência e Feira de Geomática e Soluções Geoespaciais, vai realizar o Fórum Sistema de Informações Geográficas, abordando as tendências do GIS – tais como soluções 3D, 4D, 5D, nuvem, mapeamento colaborativo e GIS Móvel – estão colocando em cheque o conceito tradicional do GIS só acessível para especialistas.
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