Por Marcos Abellón*
Estamos sempre tomando decisões, que podem ser simples, como o cardápio do almoço, ou complexas, como a distribuição de verbas de um País. Nos casos mais complicados, temos sempre que avaliar várias questões para decidir qual a ação mais acertada, e contar com ferramentas que nos auxiliem na avaliação das informações pode fazer toda a diferença. Nesta hora, contar com dados em mapas é importante.
O Brasil é o maior país da América de Sul, o quinto maior do mundo e conta com mais de 192 milhões de habitantes. Com certeza, o governo federal tem muito trabalho na hora de distribuir verbas ou definir onde serão feitas novas obras. É preciso avaliar as áreas mais necessitadas, quanto será necessário investir, qual o tipo de investimento que trará mais benefícios para a população e muitos outros detalhes e um mapeamento do país pode ajudar muito.
Na área da saúde, por exemplo, sabemos que o Brasil tem inúmeras deficiências. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que entre as famílias de baixa renda a compra de medicamentos corresponde a 74,2% da despesa média mensal com saúde contra 33,6% das famílias com rendimentos maiores. Sabemos que muitas doenças poderiam ser evitadas com investimento em saneamento básico e prevenção, entre outras ações.
Um mapa poderia ajudar muito na hora de dividir verbas e definir quais os melhores investimentos, mostrando, por exemplo, de maneira mais clara e didática quais os estados que têm menos hospitais de acordo com o número de habitantes. Também poderia mostrar quais os locais que reúnem o maior número de pessoas de baixa renda para que recebessem uma atenção especial.
Com estas informações em mãos seria muito mais simples decidir onde deverá ser construído um hospital para beneficiar o maior número de pessoas necessitadas. Outra informação interessante seria, também através de mapa, indicar quais os possíveis locais para a construção de um novo hospital, de acordo com os terrenos disponíveis.
Os mapas também podem auxiliar na hora de decidir as estratégias de campanhas de prevenção de doenças. Sabemos que no verão muitas cidades sofrem com surtos de dengue. Com as informações da última epidemia, poderia ser feito um mapa mostrando quais os bairros mais atingidos e as campanhas de conscientização seriam iniciadas e reforçadas nestes locais. Mulheres com mais de 40 anos são as que mais sofrem com câncer de mama, este grupo poderia ser mapeado para reforçar as campanhas de prevenção e investir em equipamentos para exames, tornando o processo mais rápido.
Muitos são os exemplos que podemos dar de como os mapas podem auxiliar na tomada de decisões estratégicas, tanto na área da saúde como em muitas outras. O interessante é contar com uma solução que reúna informações de vários institutos. Cruzar os dados é uma ação relativamente simples dentro de um sistema, a parte mais difícil é ter os números ou outros dados que sejam importantes para criar o mapa. Por isso, estamos desenvolvendo um sistema que cruza os estudos divulgados diariamente por diversos institutos de pesquisa, como IBGE, Ipea, Datasus, MTE, entre tantos outros. Acredito que esta solução trará muitos benefícios para empresas públicas e também privadas.
*Marcos Abellón, diretor geral da W5 Solutions – empresa especializada em soluções de Business Intelligence