O Município é a célula da Federação, a base de tudo, o local onde moram os trabalhadores brasileiros e onde residem grandes desafios de gestão territorial. Como aprimorar o entendimento da realidade de 5.570 municípios brasileiros onde 85% da população é urbana, fator que amplia ainda mais os desafios da gestão pública?
As respostas estão presentes em centenas de municípios do planeta, que possuem em comum o sucesso no uso de uma base única e compartilhada de informações geográficas. Em outras palavras, locais que deixaram de lado os complicados softwares e ferramentas de gestão das cidades e optaram pelo uso de um aplicativo que faz parte de nosso dia-a-dia, em função da agilidade e facilidade de uso, o Google Maps.
Transformar dados complicados em mapas de fácil interpretação, permitir a colaboração em tempo real e melhorar a comunicação entre as diferentes Secretarias e Departamentos, otimizar o uso dos serviços e infraestrutura urbana por parte da população e facilitar o planejamento e diretrizes orçamentárias de uma cidade. Pode parecer até utopia ou discurso de candidato às eleições municipais, mas isso já é realidade em diversas cidades globais e até mesmo no Brasil. Conheça aqui algumas experiências de sucesso.
O pioneirismo de Charlotte
Há quatro anos, a Região Metropolitana de Charlotte/EUA, com 730.000 habitantes, foi uma das pioneiras no uso da plataforma Google Maps. O sistema de atendimento ao cidadão de Charlotte (311) sempre foi o principal canal de comunicação entre a Prefeitura e a população, mas conforme a demanda aumentava, o sistema se tornava ineficiente. Havia uma falta de integração dos serviços, o desempenho era lento e o uso complicado, nada intuitivo.
A cultura de utilização de sistemas de mapas era baseada em softwares tradicionais, com uma interface nada amigável e que exigia um elevado nível técnico e longos treinamentos da equipe da prefeitura. As requisições no acesso ao sistema eram crescentes, pois a população queria saber informações essenciais da cidade tais como horários de coleta de lixo, manutenção dos ativos, poda de árvores, zoneamento urbano, etc..
Em Março de 2009, a cidade implementou a aplicação Web chamada Virtual Charlotte com o objetivo de atender a crescente demanda de serviços de localização existentes nos diferentes sistemas de gestão. A aplicação incluiu e integrou os diversos fluxos de trabalho e processos de negócios das distintas secretarias e departamentos da prefeitura. “Até mesmo os especialistas dos softwares tradicionais utilizados até então optaram, já no primeiro momento, ao uso do novo sistema baseado em tecnologia Google Maps em função do elevado poder de colaboração da ferramenta” complementa Jeff Stovall, CIO do Sistema de Informações de Charlotte.
O desempenho do sistema possibilitou um tempo de resposta praticamente imediato frente às demandas da população. Em muito pouco tempo o sistema se tornou um modelo a ser seguido na administração dos governos municipais em todas as partes do globo.
A resposta à Sandy
Como dar uma resposta efetiva à população após um desastre natural como o furacão Sandy que no ano de 2012 causou destruição, alagamentos e cortes de energia para 650 mil pessoas somente na cidade de Nova Iorque? Em outras palavras, como planejar a mitigação em áreas de risco e situações de emergência? A resposta é simples, através do bom uso da informação geográfica. Isso significa, na prática, compartilhar uma base de dados atualizada e extremamente útil.
No caso do furacão Sandy, terabytes de imagens de satélite coletadas por sensores orbitais antes e após a catástrofe foram publicadas sobre a plataforma Google Maps que possibilitou a inserção de centenas de camadas de informações geográficas relevantes, tais como a localização de abrigos, rotas de fuga, situação dos hospitais, áreas alagadas e sem energia elétrica, localização de ambulâncias, equipes de resgate, áreas de risco entre outras. O sucesso da ferramenta, que literalmente salvou vidas, fez com que a aplicação se tornasse publicamente aberta, não só para tratar situações de emergência causada por furacões, mas para qualquer tipo de catástrofe ou acidente que envolva os cidadãos de Nova Iorque.
Aplicativos de cidadania
Algo simples e extremamente prático é a utilização de sites e aplicativos que aproximam o cidadão dos gestores municipais frente a problemas e questões do dia-a-dia que demandam uma resposta rápida e efetiva.
Seja um buraco na sua rua, uma vegetação que está invadindo uma escola, um vazamento que está alagando uma calçada, um bueiro que está sem a tampa ou até mesmo um cachorro morto está no meio da rua. Situações do dia-a-dia são compartilhadas e resolvidas de uma maneira geograficamente inteligente.
Com um smartphone o cidadão tira uma foto, reporta e envia um chamado para a prefeitura tomar as devidas providencias. Tudo isso conectado às redes sociais e repleto de comentários e avaliações do serviço prestado. Uma poderosa e simples ferramenta apoiada na plataforma Google maps é comumente usada em diversos países. Podemos citar diversos exemplos, dentre eles os aplicativos SeeClicFix e o 311 Mineapolis.
A bola da vez
Um estudo encomendado pela Google e publicado recentemente no Valor Econômico, revela que os serviços de geolocalização, indicam um movimento entre 150 bilhões e 270 bilhões de dólares por ano no mundo e com uma taxa de 30% de crescimento anual. Essa crescente pode ser ainda mais agressiva se tratando de Brasil, um país com dimensões continentais e forte pressão social frente às questões de administração pública.
Um caso recente que se tornou referência como sucesso na gestão territorial está acontecendo no Estado de São Paulo, através do uso da plataforma Google Maps pela Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa). Integrar secretarias, aprimorar a gestão de projetos de grande porte no Estado de São Paulo, facilitar tomada de decisão do Governador promovendo transparência nas ações públicas que envolvem altos investimentos. Esses sempre foram os grandes desafios da Emplasa, que é responsável pelo planejamento da mais rica e complexa extensão territorial brasileira.
Para atender a essa demanda, a Emplasa foi buscar no mercado um sistema inovador de acompanhamento de projetos e obras públicas. Foi quando optou pela solução Google Maps desenvolvida pela Geoambiente, que é uma empresa nacional revendedora de produtos Google. A ferramenta oferece aos usuários informações como ortofotos (representações fotográficas do território semelhantes a um plano cartográfico) de todo Estado de São Paulo e dados sobre projetos prioritários para a administração, possibilitando o gerenciamento das ações. Tudo isso integrado a toda base Google Maps como mapas de ruas, relevo, Street View, entre outros.
Rapidamente, a solução se tornou o principal subsídio ao administrador nas tomadas de decisões. “A Emplasa inova a fazer o seu armazenamento de informações e dados no sistema em nuvem. Isso gera eficiência no acesso via Web para o Governo, para a sociedade para o setor privado, para quem faz projeto de um modo geral” afirma Rovena Negreiros, Diretora de Planejamentos da Emplasa.
A aplicação, batizada de Emplasa Geo, possui uma interface de uso interna. Trata-se de uma solução pioneira que vai inspirar muitos municípios brasileiros.
Novidade nas Prefeituras
Portais de cidadania, portais de gestão interna, cloud computing e ferramentas de gestão de equipes externas são algumas soluções que a Geoambiente, revendedora de produtos Google no Brasil, preparou para os governos municipais.
De acordo com Felipe Seabra, Gerente de Marketing da Geoambiente, as soluções agregam o melhor da tecnologia Google Maps com o know-how e conhecimento local de uma empresa nacional. Sendo assim, tais inovações podem ser ajustadas às diferentes realidades brasileiras.
Saiba mais sobre as possibilidades do Google para gestão municipal.
Por Felipe Seabra, Gerente de Marketing da Geoambiente