A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) anunciou o início da elaboração do mapeamento de cobertura vegetal da Bahia. O trabalho será desenvolvido pelo Consórcio Geobahia, liderado pela empresa Geoambiente que assinou contrato com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) na última sexta-feira (16/8), durante a reunião do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cepram). O estudo permitirá uma visão detalhada sobre a cobertura vegetal de todos os biomas baianos, numa escala de 1:50.000, o que significa um marco histórico para a Bahia, uma vez que o mapeamento anterior, elaborado em 1997, dispõe uma escala de 1:100.000.
De acordo com o secretário Estadual do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, o investimento foi de 9 milhões de reais, com o prazo para finalização de três anos a partir da data de assinatura do contrato. Spengler disse que este momento representa um avanço para a gestão ambiental. Integrado com as outras importantes ferramentas que vem sendo desenvolvidas – a exemplo do Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE), planos de bacia, listas de espécies ameaçadas de extinção e áreas prioritárias para conservação – o mapeamento será um instrumento prioritário para a tomada de decisão e uma melhor organização do território baiano.
“A partir deste mapeamento teremos um panorama recente da situação da cobertura vegetal de todos os biomas e suas fitofisionomias, além da classificação dos estágios sucessionais da Mata Atlântica. O instrumento de gestão vai ser fundamental para o aprimoramento das análises para aplicação da Lei da Mata Atlântica, e o licenciamento ambiental e florestal”, explicou o secretário.
Para a diretora do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Márcia Telles, além de somar com as outras ferramentas de gestão que o Estado vem trabalhando, o mapeamento vai colaborar com o trabalho das equipes técnicas do Inema no que se refere à alta tecnologia e geoprocessamento. A diretora explicou também que o estudo será iniciado pelo Cerrado, área de expansão do agronegócio e, em sequência, o bioma Mata Atlântica, finalizando com a Caatinga. “Procuramos seguir uma ordem de áreas que foram identificadas como críticas pelo desmatamento e prioritárias para a conservação”, completou.
Representando o consorcio Geobahia, composto pelas empresas Geoambiente, Geopixel e Geojá e que será responsável pela elaboração do mapeamento, a diretora-presidente da Geoambiente, Izabel Cecarelli, disse que a equipe está empenhada para a execução do trabalho. “O consórcio possui 20 anos de experiência no desenvolvimento de questões geográficas. Daremos o melhor de tecnologia para oferecer um produto consistente ao estado da Bahia”, destacou.
Fonte: Ludmilla Sena-Ascom/Sema