A Embrapa Gestão Territorial acaba de lançar o segundo volume da série Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, publicação científica que busca divulgar as atividades realizadas na Unidade.
Neste primeiro registro do trabalho desenvolvido pela equipe da Unidade e coordenado por Sâmara Trajano, foi realizada a análise morfométrica da Bacia Hidrográfica do Mamanguape-PB. A análise teve como principal objetivo subsidiar a elaboração de prognósticos que direcionem o gerenciamento dos recursos hídricos em regiões com escassez de água.
A bacia estudada é de grande importância econômica para a região de Mamanguape, com lavouras irrigadas e atividades agropecuária, fundamental para abastecimento humano e de pequenas indústrias locais.
A análise realizada permite-nos ter uma visão real de sua condição. Por meio dos dados levantados é possível verificar a suscetibilidade a enchentes, analisar o comportamento hidrológico das rochas, e estimar a área mínima necessária para manutenção de 1m de canal de escoamento permanente.
“Para uma região como a de Mamanguape, que sofre com a degradação do solo e a miséria produzida no período da seca, este trabalho é estratégico. Além disso, outras regiões dependem dessa bacia”, explica Wilson Holler, analista de geoprocessamento da Embrapa Gestão Territorial.
A bacia hidrográfica é uma das principais unidades de intervenção e análise. Para Claudio Spadotto, gerente geral da Embrapa Gestão Territorial, “a análise realizada serve como um instrumento para formulação, implantação e acompanhamento de políticas públicas”.
Metodologia adotada
Para realização do trabalho, foram utilizadas imagens do satélite Aster (Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer).
Após a seleção das imagens de estudo o trabalho foi dividido em quatro etapas:
• Tratamento da imagem Aster;
• Delimitação automatizada da bacia;
• Cálculo dos atributos morfométricos;
• Análise comparativa das classificações e dos atributos morfométricos.
Resultados
Um dos principais resultados obtidos mostra que a bacia do Mamanguape possui um sistema de drenagem pouco desenvolvido, o que resulta em uma baixa suscetibilidade a enchentes. O trabalho serve como instrumento orientador para políticas públicas eficientes, que desejam reduzir danos aos municípios por meio da adoção de medidas de controle compatíveis com a comunidade local.
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Fonte: Embrapa Gestão Territorial