Por Eduardo Freitas

As tendências no setor de geotecnologias para o próximo ano e as expectativas de crescimento e integração do mercado latino-americano

Consolidação da nuvem como a nova plataforma para os Sistemas de Informação Geográfica (GIS), estações totais cada vez mais integradas a outros sensores, legislação clara para Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), imagens de satélite com um palmo de resolução espacial. Estas são algumas das tendências e demandas da comunidade de geotecnologias para o próximo ano. Por outro lado, diferentes culturas e níveis de maturidade dos mercados exigem das empresas estratégias customizadas para cada país na América Latina, enquanto outras companhias focam nas demandas globais. A revista MundoGEO conversou com alguns executivos para conhecer suas expectativas para 2014, o que será novidade no setor de geotecnologia e quais os desafios para driblar a crise e crescer com sustentabilidade em nosso continente.

GIS e Location Intelligence

Cloud, GIS Móvel, 3D, Big Data e mapeamento colaborativo são alguns exemplos de tendências que já estão se tornando cada vez mais usuais em nosso dia-a-dia. Hoje, estamos vivenciando uma mudança de paradigma quanto ao uso de ferramentas de análise geográfica, que há pouco tempo eram exclusividade de um “gueto” de especialistas e hoje estão disponíveis aos tomadores de decisão. Por outro lado, enquanto o GIS integra-se cada vez mais ao dia-a-dia das empresas, o Big Data e as bases de dados 3D requerem hardware e software cada vez mais sofisticados.

No dia 5 de dezembro a MundoGEO realizou um seminário online com a proposta de responder à pergunta “Qual o Futuro do GIS?”, com a participação de especialistas no assunto: Deilson Silva, da Imagem/Esri, que falou sobre a Cloud como a nova plataforma para o GIS; Vagner Sacramento, da startup GoGeo, especialista em Big Data Geoespacial; Ricardo Pinheiro, da Here, que mostrou os benefícios de se trabalhar com bases de dados 3D e dados Indoor; Fábio Andreotti, da Google, que propõs um debate sobre a consumerização e o geo nos negócios; Arnaud Seydoux, da MapLink, que demonstrou os desafios para trabalhar com GIS móvel em tempo real; e, por fim, Eduardo de Rezende Francisco, da FGV, que moderou o debate final e falou sobre a integração entre GIS e Business Intelligence.

As bases de dados em 3D e nos ambientes internos de edificações são a nova fronteira do geo. Segundo um estudo recente, um cidadão padrão passa apenas 13% de sua vida fora das construções, e o restante dentro; por outro lado, a maioria dos dados geoespaciais são relacionados com a parte externa, então pode-se esperar um grande avanço nos próximos anos com o posicionamento indoor.

Segundo Helder Azevedo, Diretor para a América Latina da empresa Here (divisão de mapas da Nokia), a oferta de bases de dados obtidos através de levantamentos a laser móvel será cada vez maior. “Veículos já em operação no Brasil são equipados com um Lidar, que captura 700 mil pontos em 3D por segundo, quatro câmeras de 16 mega-pixel com panoramic view; com os quais inovamos uma vez mais não somente em tecnologia, mas em processos de coleta e reconhecimento de imagens com o objetivo de acelerar a velocidade de atualização e incrementar a qualidade e quantidade de atributos coletados de forma sistemática”, comemora.

Por outro lado, a grande quantidade de dados gerados cria também novos desafios para a análise geográfica, afinal, estima-se que 2,5 quintilhões de bytes de dados são gerados a cada dia. Neste mar de dados, como encontrar a informação certa, levando-se também em conta que até 2020 haverá 50 bilhões de “coisas” conectadas e que os equipamentos serão georreferenciados em tempo real? Esta é uma das facetas do Big Data, uma nova forma de gerenciar dados, que já não se preocupa mais em dividi-los em categorias, mas sim descobrir os padrões escondidos e extrair o máximo de informação para a tomada de decisão.

Este também é um desafio para Fábio Andreotti, Diretor do Google Maps for Business para América Latina. “Um fato relevante é que a capacidade de produção de dados geoespaciais cresceu muito na última década: novos satélites foram lançados por empresas e governos, temos mais sensores coletando dados e capturando a realidade física do mundo; a adoção massiva de smartphones e tablets pelos consumidores, em conjunto com os avanços das redes móveis 3G/4G, passaram a fornecer uma gigantesca quantidade de dados de localização a todo o tempo”.

O acesso e uso de informações geográficas aos poucos vem se tornando uma realidade em nossa região, segundo Claudio Simão, Presidente da Hexagon para América do Sul e Ásia-Pacífico. “Conceitos como mapeamento colaborativo, computação em nuvem, mobilidade e visualização em 3D começam a ganhar força e seu uso é impulsionado pela popularização de equipamentos inteligentes. O GIS vem se tornando uma ferramenta muito mais abrangente, que acompanha esta evolução tecnológica, e suas novas aplicações e o maior acesso aos dados geoespaciais possibilitam uma maior integração e um retorno cada vez rápido dos investimentos”. Além disso, as aplicações em tempo real passam a ser uma nova fronteira do geo. “O foco da Hexagon para 2014 é continuar investindo massivamente em novas tecnologias, como o portfólio Intergraph Geospatial Products, que integra as soluções GeoMedia e Erdas, o Intergraph Mobile MapWorks, um aplicativo que permite atualizações no campo em tempo real, e multiestações como a Nova MS50, que deu início a uma nova era de inovação no mercado de topografia e levantamentos geodésicos, com alta densidade de informação”, comemora Claudio.

Geodésia e Topografia

O posicionamento preciso está cada vez mais acessível e também cada vez mais sofisticado, com sensores embarcados em veículos gerando milhões de pontos por segundo. E a localização fica cada vez mais fácil, pois estima-se que haverá mais de 100 satélites GNSS em órbita até 2015, além das tecnologias para posicionamento interno. Hoje, muitas empresas estão empenhadas em encontrar soluções para obter a transição perfeita entre a navegação interior e exterior, através de tecnologias que integrem medições de GNSS e sinais de redes Wi-Fi, juntamente com dados obtidos com sensores de celulares, tais como acelerômetros, bússolas, etc..

Segundo Juan Plaza, Gerente Regional para América Latina da Divisão Geoespacial da Trimble, os levantamentos de campo estão entrando em uma nova era, principalmente quanto à forma como os dados são obtidos, mais rapidamente e já em formato tridimensional. “A Trimble está lançando este ano uma nova tecnologia que vai revolucionar o modo como profissionais de levantamento encaram certos trabalhos, especialmente quanto à rápida aquisição de dados e ao processamento de modelos 3D de estruturas existentes”. Segundo ele, mesmo as tecnologias mais avançadas deverão estar disponíveis para empresas de qualquer porte. “A Trimble tem mergulhado fundo nas tecnologias já estabelecidas, como a fotogrametria terrestre e seu conceito fundamental de interferometria, para produzir um novo conjunto de produtos que permitirão aos profissionais, mesmo com poucos recursos, fotografar estruturas de diferentes ângulos e, em questão de horas, produzirem modelos 3D precisos, sem sequer tocar a estrutura, nem mesmo com um laser. Este novo produto é o V10 e nós encorajamos que os profissionais fiquem de olho”, conclui Juan.

Para Diogo Martins, Gerente de Vendas para América Latina da Topcon Positioning Systems, não se pode deixar de considerar um novo e importante conceito para controle de processos construtivos, conhecido como Building Information Modelling (BIM). “Em vários países a utilização do conceito BIM já está sendo considerada como um padrão construtivo e sua aceitação cresce a cada dia, inclusive na América Latina. Para atender esta demanda, recentemente a Topcon lançou o LN-100, um produto que integra em um único dispositivo características de estação total robótica e nível laser, utilizado para locações de projetos”.

Imagens de Satélites

Com o lançamento do Cbers-3, o próximo ano teria tudo para consolidar uma nova revolução no mercado brasileiro de sensoriamento remoto, através da obtenção de dados com um sensor nacional, porém a operação falhou no dia 9 de dezembro, frustrando os planos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e de toda a comunidade de geotecnologia.

Por outro lado, vários lançamentos estão previstos e a oferta de imagens não pára de crescer. De acordo com Maurício Meira, Gerente Regional para América Latina da BlackBridge (antiga RapidEye), a principal novidade tecnológica da empresa para o próximo ano será a divulgação, em maio, das características da nova constelação de satélites que será lançada ao espaço para continuação dos serviços prestados pelos veículos RapidEye. “Já se sabe que a nova constelação manterá as mesmas características dos satélites RapidEye, com alta velocidade de revista (diária) e enorme capacidade de coleta de imagens (mais de 5 milhões de quilômetros quadrados por dia) e certamente terá novidades, como por exemplo quanto à resolução espectral dos sensores embarcados nos novos satélites”, comemora.

O próximo ano também deverá ser de novidades no setor de imagens de satélites de altíssima resolução, como conta José Roberto Varela, Gerente Regional de Vendas para América do Sul da DigitalGlobe. “Em 2014 lançaremos um novo satélite, o WorldView-3. Ele trará uma série de inovaçoes, como 16 bandas multispectrais, 31 centímetros de resolução nativa, entre outras características. Com isso, teremos um grande incremento em nossa capacidade de coleta e de revisita diária”.

VANTs

Regulamentação: é só isso o que a comunidade de geotecnologia espera do governo brasileiro para que o setor de Veículos Aéreos Não Tripulados possa deslanchar de vez. Em vista dessa necessidade, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) promoveu no início de setembro um Workshop que reuniu representantes de associações e instituições públicas. A MundoGEO esteve presente no seminário, no qual a Anac pôde ouvir a comunidade para o desenvolvimento de uma regulamentação que viabilize a operação segura e viável dos VANTs.

Segundo a Agência, até dezembro de 2013 um grupo de trabalho responsável iria apresentar a proposta de regulamentação à sociedade, porém até o fechamento desta edição da revista MundoGEO a proposta ainda não havia sido apresentada. Enquanto isso, o mercado avança a passos largos. Hoje, a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde) já conta com 11 companhias de VANTs associadas, isto sem falar nas várias empresas que representam marcas globais e os prestadores de serviço que já estão realizando testes com estes veículos para geração de mapeamentos.

Juan Plaza também destaca a importância da regulamentação clara e da certificação dos VANTs. “Nós também estamos em fases finais de obter a certificação para o nosso mais novo VANT, o UX5, uma aeronave não tripulada capaz de mapear grandes parcelas de terreno com grande precisão e em alta velocidade”.

Crescimento na América Latina

O Brasil cada vez mais está deixando de ser visto como um país isolado – apesar do idioma – e as empresas globais passam a definir sua estratégia pensando na América Latina como um todo e também levam em conta similaridades com outras regiões do mundo.

Segundo Helder Azevedo, a questão fundamental no Brasil é o nível de maturidade do mercado em relação aos demais. “Dentro da América Latina mesmo, vemos países como a Colômbia consumindo ferramentas GIS em quantidade equivalente a do Brasil, o que demonstra a diferença do nível de maturidade mesmo dentro do mercado Latinoamericano”. Mas ainda há muito o que avançar, segundo Helder. “Por outro lado, áreas como automatização de equipes de campo e otimização de rotas já estão bastante adotadas em países desenvolvidos, enquanto por aqui ainda ‘engatinhamos’. É uma área de elevado potencial”, conclui. Quanto às expectativas de crescimento na região, Helder conta que a estratégia da Here está baseada no contínuo aprimoramento do portfólio de produtos e da Plataforma Here, atualização constante dos mapas e consolidação dos serviços dinâmicos. Além disso, parcerias e aquisições também fazem parte dos planos da Here. “Do ponto de vista de atuação comercial, seguiremos consolidando nossa liderança nos mercados automotivos e de telemática, além de expandir nossa atuação no mercado corporativo e governamental através de parcerias com integradores de elevada qualidade e reputação, dentre os quais destacamos a Planifi-K na Argentina, InovaçãoGIS e a VisãoGeo no Brasil, a Esri-Chile e Geo-
Red no Chile e a Procalculo/Prosis na Colômbia. Podemos dizer que a região é a que cresce mais rapidamente no mundo”, conclui.

Já para Maurício Meira, o mercado de geomática latino-americano é bastante distinto das demais regiões do mundo e, de certa forma, reflete a situação econômica dos países e suas demandas. “Mesmo dentro deste imenso mercado, desde o Rio Grande até a Patagônia, países como México e Brasil têm necessidades diferentes das pequenas nações centro-americanas ou mesmo de nossos vizinhos sul-americanos”. Para Maurício, na região destacam-se as aplicações na área de meio-ambiente e agronegócio. “No geral a região latino-americana tem se destacado pelo uso intenso de geotecnologias em apoio às questões ambientais, passando pelo uso massivo de imagens multi-temporais para monitoramento de desmatamento para projetos Redd no México e na América Central, até o uso de imagens RapidEye para apoiar o cadastro ambiental rural pelo Ministério de Meio Ambiente do Brasil, entre outras aplicações similares que exigiram a cobertura completa de países como o Peru, Colômbia e Equador”, conclui. E a expectativa para o próximo ano é de expansão. “O percentual de faturamento da BlackBridge em toda América Latina foi alto neste ano, próximo de 30% do total global, devido aos grandes projetos de cobertura nacional e, ainda que se projete um crescimento das vendas nos anos seguintes, a participação da região no total global deve se deslocar para fora da região pela expansão dos negócios da BlackBridge a nível mundial”, finaliza Maurício

Diogo Martins concorda que deve-se estar atento às demandas específicas de cada país, e que uma solução para um determinado mercado nem sempre é a melhor para outro. “Em alguns países onde o mercado está mais maduro e desenvolvido, como EUA, Canadá e vários países asiáticos e europeus, observamos forte aquisição de produtos com maior valor agregado, como estações robóticas, sistemas RTK, laser scanner. Embora essa situação tende a mudar em um futuro próximo, uma vez que essas soluções beneficiam a realização de serviços com melhor qualidade e produtividade, ainda é comum em muitos países latino-americanos uma forte demanda por produtos mais básicos, como estações totais convencionais e receptores GNSS utilizados apenas para pós-processamento”, conclui. Segundo Diogo, a Topcon continuará atenta às novas demandas e necessidades regionais, mas ao mesmo tempo deverá impulsionar os mercados na adoção de tecnologias emergentes. Ele destaca, ainda, as peculiaridades e sazonalidades de cada país. “Também é bastante singular uma vez que o cenário não costuma ser o mesmo para todo o bloco. Há países onde as condições são muito boas em um ano e totalmente diferentes em outro, e isto ocorre individualmente em cada nação, o que significa que países vizinhos podem estar em diferentes realidades em um mesmo momento”, finaliza.

Por outro lado, Claudio Simão aponta para os pontos em comum em diferentes regiões do globo. “O mercado de geomática e soluções geoespaciais está cada vez mais similar em todo o mundo. Praticamente todos os países adotam as tecnologias mais modernas disponíveis para solucionar os seus problemas geoespaciais. O que diferencia, algumas vezes, uma região de outras é o nível de conhecimento técnico e o tipo de problema a ser solucionado. Mesmo assim, devido à capacidade dos fabricantes em oferecerem conjuntos de soluções ao invés de equipamentos, a tendência é de equalização”. Para ele, deve-se estar atento às demandas globais. “O mercado latino-americano, neste sentido, tem sido um dos mais avançados na assimilação das novas tecnologias e soluções. Praticamente todos os países da região estão atualizados com o que há de mais moderno em termos de equipamentos e soluções geoespaciais, o que nos coloca em sintonia com as demais regiões do mundo”. Ainda segundo Claudio, as expectativas de crescimento na região são boas, principalmente a partir das aquisições feitas recentemente pelo grupo Hexagon. “A América do Sul representa, hoje, acima de 5% do nosso faturamento total, o que é um índice bastante respeitável se levarmos em conta os padrões mundiais. A região é extremamente estratégica para a Hexagon, com excelentes possibilidades de crescimento. Apesar de estarmos bem posicionados, estamos prontos para ir cada vez mais longe. Exemplos disso foram a abertura, em abril, do escritório da Intergraph Sudamérica em Bogotá, responsável pelas operações na Colômbia e no Equador, e a recente aquisição da Pixis, representante de soluções da Intergraph e da Leica no Chile e no Peru”, comemora Claudio.

Juan Plaza prefere apontar similaridades entre a América Latina e outras regiões do mundo. “Nós continuamos sob pressão de preços para esta região e também notamos comportamento similar em mercados emergentes como Oriente Médio, Leste Europeu, África e alguns países do anel do Pacífico”. Segundo ele, a integração de tecnologias é o melhor caminho a ser seguido. “Basicamente, na América Latina estamos promovendo a fusão das estratégias para os produtos das linhas de SIG, Cartografia e Topografia. Estamos incentivando todo nosso canal de distribuição a um pensamento geoespacial mais abrangente, com foco maior nos fluxos de trabalho dos usuários, ao invés de focar em recursos e funcionalidades de produtos específicos”. Quanto ao crescimento na América Latina, Juan afirma que o plano da Trimble para a região em 2014 é aumentar o faturamento em 20% e consolidar a presença da empresa em todos os cantos do continente.

José Roberto Varela comenta que a DigitalGlobe não vai focar apenas em imagens de satélites, mas também em outros produtos e serviços. “Adicionalmente ao lancamento do WorldView-3, estamos desenvolvendo uma série de produtos inovadores que permitirão ao nossos usuários fazer uso de nossos dados de uma maneira que não se achava possível até então. Vamos ajudá-los a extrair mais informação das imagens que coletamos”.

Fábio Andreotti está otimista e afirma que não há dúvidas de que estamos presenciando um vetor de crescimento no setor de geoinformação. “Um estudo encomendado pelo Google e divulgado neste ano indica que os serviços de localização movimentam entre 150 e 270 bilhões de dólares por ano em todo mundo, com crescimento de 30%”. Para ele, deve-se fortalecer as parcerias. “Atuamos através de canais e contamos com um programa global de parcerias, com diversas certificações e uma estrutura bem definida dos papéis e responsabilidades dos parceiros, e todo o suporte fornecido pela empresa para o desenvolvimento dos canais”, conclui. Quanto ao crescimento na América Latina e o lançamento de novos produtos e serviços, Fábio crava: “O Google tem um ritmo muito intenso de lançamento de produtos; se considerarmos as plataforma de Enterprise, temos mais de 200 novos releases por ano”. Para ele, um diferencial dos profissionais latino-americanos é a criatividade. “Nossos projetos de sistemas GIS são reconhecidos mundialmente e uma característica é extremamente marcante para o profissional brasileiro: criatividade, pois conseguimos fazer mais com menos” (veja mais na página 16 ).

Desafios

Emerson Granemann, diretor da MundoGEO, participou como observador na cidade de Montevidéu, em novembro, de um evento promovido pelo Instituto Panamericano de Geografia e História (IPGH) com a presença também da Rede Geoespacial da América Latina e Caribe (GEOSur) e o GGIM Américas, orgão ligado às Nações Unidas responsável pela pelo Gerenciamento Global de Informações Geoespaciais.

Estavam presentes representantes de todos os países da região, e a ênfase das discussões sobre desafios para o futuro giraram sobre o temas que necessitam ser mais desenvolvidos para que o continente avance, como: reconhecimento das peculiaridades de cada região; melhor qualificação dos usuários das soluções geoespaciais; maior entendimento pelos dos gestores públicos e privados dos benefícios da adoção de infraestururas de dados espaciais; avaliação sobre como homologar os dados obtidos via mapeamento colaborativo; e, por fim, da necessidade da comunidade especializada do setor compreender melhor que os erros geoespaciais não é um fim, mas um meio para prover a sociedade de informações inteligentes.