Por meio de suas estações de rastreio e controle instaladas em Cuiabá (MT) e Alcântara (MA), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) deu suporte à missão Mars Orbiter Mission (MOM), a primeira destinada ao planeta Marte pela Índia, até o último fim de semana, quando a nave espacial deixou a órbita da Terra.


“No dia 30 de novembro a MOM concluiu sua fase geocêntrica e entrou na fase heliocêntrica. Acompanhamos toda a fase geocêntrica, desde a separação da cápsula do seu lançador”, conta o chefe do Centro de Rastreio e Controle (CRC) do Inpe, Pawel Rozenfeld.

O suporte à missão indiana levou as equipes do instituto a trabalharem em condições diferentes das usuais, uma experiência considerada enriquecedora pelos técnicos.

“Enquanto a passagem normal de satélites de órbita baixa, como o Cbers, dura no máximo 13 minutos, a MOM se mantém visível para uma estação por mais de sete horas, durante as quais todas as tarefas de rastreio e controle são executadas. Essa visibilidade tão longa é devido ao tipo de órbita extremamente elíptica da MOM”, explica Rozenfeld.

As seis manobras de elevação do apogeu da missão foram efetuadas pelos equipamentos de bordo configurados pelas estações de Cuiabá e Alcântara. “Para o Inpe, a participação nesta missão foi muito útil, já que permitiu conhecer o limite da capacidade real das suas estações nas condições extremas de operação”, diz o chefe do CRC.

O Centro realiza a operação em órbita dos satélites desenvolvidos pelo Inpe ou em cooperação com instituições estrangeiras. Também está capacitado a dar suporte a missões espaciais de terceiros.

Fonte: Inpe