Arqueólogos revelaram o mapa mais detalhado já produzido sob o Stonehenge e seus arredores, a partir da combinação de diferentes instrumentos para digitalizar a área a uma profundidade de três metros. Os pesquisadores usaram seis técnicas diferentes para fazer a varredura de toda área em diferentes profundidades. Entre os instrumentos utilizados está o magnetômetro guiado por GPS, radar de penetração no solo (GPR) e um laser scanner 3D.
“Utilizando o GPR é possível ver através do solo e explorar como a civilização parecia milhares de anos atrás,” disse Nishad Karim, pesquisadora da Universidade de Leicester, que utiliza instrumentos semelhantes para reconstruir túmulos da família Tudor, do século 16.
Os primeiros resultados da pesquisa sugerem que o monumento foi acompanhado por 17 santuários vizinhos e há, ainda, vestígios de até 60 pilares de rocha que faziam parte do “super – henge” – um círculo de rochas muito maior do que Stonehenge, composto por rochas enormes que formam uma circunferência de 1,5 km de diâmetro, previamente identificado em Durrington Walls.
Os pesquisadores identificaram uma construção em madeira de 33 m de comprimento, de cerca de 6 mil anos, provavelmente utilizada para rituais.
“A construção tem três fileiras de pilares de sustentação mede cerca de 300 m² e tem uma forma levemente trapezoidal, algo interessante porque, na mesma época, cerca de 100 ou 200 anos antes, podia-se encontrar este tipo de construção trapezoidal usando monumentos megalíticos”, disse Wolfgang Neubauer, diretor do Instituto Ludwig Boltzmann, que também participou da pesquisa.
A pesquisa também revelou dois poços no interior da pré-história, uma enorme vala circular, o que lembra uma pista de corrida romana. Os poços estão alinhados com o nascer e o pôr-do-sol no solstício de verão.
A separação temporal entre os monumentos indica que não foram concebidos ou planejados como um todo. “As estruturas orientam os construtores. Uma vez que você tem algumas coisas no lugar, outras coisas acontecem porque outras já existem”, explicou Vincent Gaffney, pesquisador da Universidade de Birmingham.
Estes resultados preliminares refletem a complexidade da história da evolução da paisagem, que será descoberta lentamente assim que os pesquisadores começarem a analisar profundamente os dados.
Fonte: BBC
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