Da base de Taiyuan, localizada a 700 km de Pequim, o satélite sino-brasileiro Cbers-4 foi lançado neste domingo (7) à 1h26 (no horário de Brasília; 11h26 em Pequim).
Na China, o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Perondi, assistiu ao lado do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Clelio Campolina Diniz, e do presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho. No Brasil, o lançamento foi acompanhado por especialistas do Instituto e convidados no Centro de Controle de Satélites do Inpe, em São José dos Campos (SP).
O chefe do Centro de Rastreio e Controle do Inpe, Pawel Rosenfeld, manteve contato com a comitiva brasileira e os engenheiros do Instituto que, durante meses na China, atuaram na preparação do satélite. A sequência de atividades para levar o Cbers-4 ao espaço foi narrada pelo coordenador do segmento espacial do Programa Cbers, Antonio Carlos de Oliveira Pereira Junior.
O satélite foi lançado pelo foguete chinês Longa Marcha 4B, composto de três estágios que utilizam combustível líquido (hidrazina e N2O4 como oxidante). O tempo total de voo até a injeção do Cbers em órbita foi de 12,5 minutos.
Quando atingido o ponto ideal da órbita, um comando liberou a trava do dispositivo que prendia o Cbers-4 ao foguete. O satélite, impulsionado por molas, afastou-se do lançador e entrou em órbita.
Em órbita, o Cbers-4 efetua uma revolução completa em torno da Terra a cada uma hora e quarenta minutos (100 minutos).
Satélite destinado à observação da Terra, o Cbers-4 irá gerar imagens para diversas aplicações – desde monitorar o desmatamento da Amazônia, passando pelo mapeamento da agricultura e da expansão das cidades, até estudos sobre bacias hidrográficas e queimadas.
O histórico da cooperação espacial com a China, detalhes sobre o satélite e suas câmeras, exemplos de imagens e outras informações estão disponíveis na página do projeto Cbers.
Veja uma animação sobre o satélite Cbers:
Fonte: Inpe