O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) acaba de desenvolver um novo transponder para coleta de dados ambientais. Denominado DCS (sigla em inglês para subsistema de coleta de dados), inicialmente o dispositivo estará a bordo do Itasat, um nanossatélite universitário realizado em parceria pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Inpe e instituições de ensino com o apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB), com lançamento previsto para 2015.
O transponder DCS foi entregue por dirigentes e pesquisadores do Instituto a representantes do projeto Itasat nesta terça-feira (16/12) na sede do Inpe, em São José dos Campos (SP).
O Inpe pretende utilizar o transponder digital nos futuros satélites do Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais (SBCDA), que atualmente opera com o SCD-1 e SCD-2, lançados na década de 1990.
“É um marco importante em nossa missão de modernizar o SBCDA. A oportunidade de embarcar o DCS no Itasat representa o primeiro passo para sua qualificação em voo”, diz Manoel Jozeane Mafra de Carvalho, chefe do Centro Regional do Nordeste (CRN) do Inpe, em Natal (RN), onde foi desenvolvido o transponder e está em curso o projeto para uma nova geração de satélites para coleta de dados ambientais. “É um projeto com foco na continuidade dos serviços e, principalmente, na inovação tecnológica”.
Os satélites do SBCDA retransmitem informações de centenas de plataformas de coletas de dados (PCDs) instaladas por todo o país e alimentam o Sistema Nacional de Dados Ambientais (Sinda), operado pelo CRN/Inpe. Os dados do Sinda são usados por instituições governamentais e do setor privado que desenvolvem aplicações e pesquisas em diferentes áreas, como previsão meteorológica e climática, estudo da química da atmosfera, controle da poluição e avaliação do potencial de energias renováveis.