Os Veículos Aéreos Não Triuplados (VANTs – ou Drones) que há poucos anos eram restritos para uso militar, já caíram nas graças do grande público e agora estão por toda parte, desde a entrega de encomendas até a resposta a emergências. Mas existe uma área na qual os VANTs estão gerando uma verdadeira revolução, que é a de mapeamento. Veja o que você precisa saber para usar VANTs com qualidade e segurança.

Os VANTs têm sido usados, em todo o mundo, para os mais diversos usos, desde a resposta a desastres naturais, passando pelo monitoramento ambiental, levantamentos agrícolas e segurança pública, entre outros.

Mas nem sempre foi assim, pois há poucos anos essa tecnologia era praticamente desconhecida, como pode-se ver no gráfico abaixo, com o crescimento da busca pelo termo “Drone” em todo o mundo somente a partir de 2010:

No Brasil, o termo começou a aparecer em 2008, crescendo até 2014 e então se estabilizando:

Desde então, o uso de VANTs e aplicação de seus dados só tem crescido, até mesmo de forma desordenada, já que a legislação que regula este tipo de aeronave não está totalmente finalizada. Por outro lado, houve uma enxurrada de informação sobre o tema, tanto na mídia aberta como em sites especializados, o que gerou um buzz em torno do assunto e, consequentemente, dúvidas sobre o funcionamento, as aplicações e os limites para esse tipo de tecnologia.

invasao-dos-vantsNo Brasil, o primeiro voo autônomo foi realizado pelo projeto Aurora, criado em 1996 pelo Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CenPRA). Em nosso território, a empresa AGX foi a primeira a realizar um voo autônomo com uma aeronave de asa fixa, com o AGplane, um projeto em conjunto com a Universidade de São Paulo (USP) e a Embrapa, que viram nos VANTs um enorme potencial para a análise de culturas no setor agrícola, pois a tecnologia permite a montagem de mosaicos com padrões muito próximos da aerofotogrametria.

Dentre as vantagens de se usar um VANT – em relação a uma aeronave convencional – pode-se citar o custo mais baixo e também a facilidade de se operar em condições adversas ou em áreas onde o voo tripulado pode representar um risco muito grande para a tripulação.

Certificação

A segurança de voo é algo que deve ser levado em conta por todos os profissionais que trabalham com VANTs, e uma forma de garantir isso é através da Certificação da aeronave. Em 2013 a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) emitiu o primeiro Certificado de Autorização de Voo Experimental (Cave) para um VANT para uma empresa privada no Brasil, a XMobots. Até então, apenas a Polícia Federal possuía aeronaves não tripuladas para uso civil aptas a voar em território nacional.

Com a emissão do Cave, que envolve também a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), uma empresa demonstra que sua aeronave atende aos requisitos determinados pela Anac, atestando sua capacidade técnica e também seu interesse no atendimento das solicitações relacionadas à segurança e à documentação operacional do projeto.

Por dentro dos VANTs

Para que você fique por dentro de tudo o que precisa saber para usar VANTs com qualidade e segurança, na próxima terça-feira (30/6) vai acontecer um seminário online com inscrições gratuitas, no qual o palestrante Jefe Rodolfo vai mostrar e comentar tópicos relacionados aos sistemas de propulsão com motores elétricos, comunicação remota, programação e planejamento de voo, processamento das imagens e geração do produto final.

Jefe Rodolfo é Diretor da empresa Consis – Consultoria e Sistemas, onde atua em projetos de monitoramento agrícola e ambiental, bem como implementação de políticas de responsabilidade socioambiental junto a instituições financeiras. No webinar da próxima terça-feira, os participantes poderão interagir e enviar suas perguntas para serem respondidas ao vivo, e terão acesso posterior a um certificado de participação e aos materiais apresentados.

Palestra: O que você precisa saber para usar VANTs com qualidade e segurança?
Data: 30 de junho de 2015
Hora: 14h30 (hora de Brasília)
Inscrições gratuitas: http://app.webinarjam.net/register/17520/faa79c9f39

Fonte: GEOeduc