A crescente relação de oferta e demanda por sensores óticos multibandas, operacionais especificamente nas regiões espectrais entre o visível (VIS) ao infravermelho de ondas curtas (IVOC) (400-2500 nm) com vias a aplicações diversas, como mapeamento e monitoramento da superfície terrestre, constitui hoje um dos principais nichos de interesse, tanto de pesquisa, como de desenvolvimento de aplicações geotecnológicas.
Entretanto, uma fronteira na utilização de dados óticos é a necessidade cada vez maior de um pré-processamento adequado para o uso total de seu potencial, o qual deve considerar a necessidade de calibração radiométrica, com a transformação de dados brutos (em números digitais – DN – do inglês Digital Number) para valores de radiância (Lsen), e consequente correção dos efeitos da atmosfera e a conversão em reflectância de superfície (ρsup).
Esse tipo de tratamento confere ao conjunto de dados características únicas, possibilitando o uso semi-quantitativo das imagens multibandas através da capacidade de identificação de valores biofísicos intrínsecos aos alvos, como pigmentos, lignina, celulose no caso da vegetação, ou óxidos e hidróxidos de ferro, no caso de solos, e nitrogênio em ambos os casos.
Com base na necessidade premente de utilização de dados de alto nível de sensores óticos multibandas para aplicações semiquantitativas voltadas ao uso em soluções de última geração, a Embrapa Monitoramento por Satélite desenvolveu o Sistema de Calibração e Correção Atmosférica Multissensor (SCCAM). Planejado inicialmente para atender projetos e demandas da Embrapa e instituições parceiras, o SCCAM possibilita a calibração e correção de dados de sensores remotos através de um fluxo de processos e algoritmos encadeados.
Leia a matéria completa disponível na edição 81 da revista MundoGEO.