Por José Augusto Sapienza Ramos
Creio que seja bem aceito, em geral, quando se define o Sistema de Informações Geográficas (SIG ou GIS em inglês) como simplesmente uma ferramenta para visualizar, analisar, armazenar, gerenciar, entre outros verbos. Todavia, este autor prefere uma definição mais lírica: SIG nos ajuda a gerenciar o que conhecemos do mundo.
Destaca-se que o primeiro SIG já é datado há meio século, na década de 60 no Canadá. De lá para cá muitas aplicações foram desenvolvidas, novos paradigmas emergiram e a tecnologia evoluiu e se popularizou a olhos vistos, onde um vórtice de termos foi cunhado, a citar alguns: neogeógrafo, neocartógrafo, informação geográfica voluntária infraestrutura de dados espaciais e geovisualização.
Todavia, por trás desses termos e de muitos trabalhos, uma pergunta recorrentemente aparece: qual é a ciência envolvida com a informação geográfica? Se pensarmos a ciência por trás da informação geográfica, ou seja, a ciência que possibilita o uso da informação geográfica como temos hoje, podemos elencar, por exemplo, a ciência geodésica, que define a forma da Terra; as ciências estatísticas, que estudam métodos para modelar o erro, amostragem, análises, entre outros tópicos; e a cartografia, com suas técnicas para descrever a superfície da Terra. Ainda temos as ciências que ganharam atenção a partir do século XX, como a ciência cognitiva para compreensão de como percebemos e representamos o espaço geográfico, a da informação para estudar o fenômeno informação, ou mesmo a ciência da computação no desenvolvimento de úteis tecnologias digitais.
Este artigo faz parte da revista MundoGEO 81, edição que já está disponível no Portal MundoGEO. Acesse o artigo A Ciência por trás da informação geográfica na íntegra.