Veja como fazer a codificação de elementos em levantamentos topográficos

Por Ana Flávia de Oliveira, Eduardo Freitas e Gustavo Bueno Lelli

Em tempos de automação topográfica, parece brincadeira mas ainda há muita gente que chega no escritório e fica horas tentando decifrar do que se tratam os pontos levantados em campo.

Seria uma árvore? Ou então um poste? Ou ainda uma boca-de-lobo? Afinal, em campo é simples de identificar o que está sendo medido, porém no escritório isso se torna praticamente impossível.

Pensando nisso, no mês de outubro o Instituto GEOeduc lançou mais um de seus checklists gratuitos, agora sobre a utilização de códigos em levantamentos topográficos com estação total.

Durante nossas pesquisas, pudemos observar que muitos profissionais ainda vão a campo sem saber todas as feições que precisam ser levantadas, e acabam criando-as no improviso, gerando assim confusão e re-trabalho.

Já não é novidade que equipamentos como as estações totais, além de permitir o melhor controle dos pontos levantados, facilitam e otimizam os trabalhos de campo.
Porém, por mais que os métodos clássicos de levantamento não tenham mudado, é necessário saber como e onde aplicar as inúmeras funções do equipamento, além de padronizar alguns procedimentos para garantir o uso de todo o potencial do instrumento de medida.

Muitas dessas padronizações podem ser planejadas no escritório, afinal, quanto mais organizados estiverem os dados oriundos do campo, melhor será a etapa de processamento com o software topográfico, pois é nela que conseguiremos identificar a falta de informações nas descrições dos pontos, ou a ausência de simples anotações e croquis.

Vários profissionais, por descuido, desconhecimento ou por acharem que essas planilhas e croquis não são mais necessários, acabam não levando em consideração este importante recurso.

Seguindo premissas básicas de organização, podemos obter mais produtividade nos levantamentos e, consequentemente, reduzir o tempo de trabalho em campo e escritório, fazendo que se reduza os gastos com estes que talvez sejam os itens mais caros na composição de custos de um levantamento topográfico: a logística e os recursos humanos.

Um tópico importante é a descrição ou codificação dos pontos levantados, visto que com isso o processo de registro dos pontos torna-se extremamente mais rápido que digitar o nome de todas as feições a serem levantadas. No final, basta utilizar um software ou planilha que faça a
substituição desejada.

O recurso de substituição da codificação dos pontos também facilita a etapa de projeto do levantamento. Operações para a ligação de linhas especiais, como cercas e muros, por exemplo, podem ser feitas automaticamente se os dados forem padronizados.

Podemos citar também como vantagens da padronização a possibilidade de fazer operações como a seleção de pontos pela descrição, ou a inserção automática de símbolos, como postes e caixas de drenagem.

Pensando na necessidade de organização e padronização dos levantamentos, elaboramos uma sugestão de tabela de códigos para utilizar em seus levantamentos.
Esta codificação certamente irá aumentar sua produtividade em campo e escritório, melhorando assim seus resultados. Para fazer o download da planilha na íntegra, acesse: http://goo.gl/EMQbjv.
Bom proveito!