Usuários agora podem, mediante um registro simples na internet, baixar qualquer imagem do Sentinel-2a, satélite de observação da União Europeia, que entrou em operação recentemente, e que registra imagens da superfície na faixa espectral do visível e infravermelho. Para acessar, clique aqui e selecione “sign up”, e segundo a política de dados abertos da União Europeia, é permitido a qualquer pessoa baixar e manipular as imagens do Sentinel.
A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), que controla o satélite, espera uma grande demanda pelas imagens. Milhares de pessoas já se registraram para fazer downloads do Sentinel – a maioria estava interessada nos registros mais complexos de radar produzidos por outro equipamento da mesma família, o Sentinel-1a.
O Sentinel-2a terá um papel complementar ao Landsat, mas com maior capacidade – o que explica a estimativa de alta procura pelas imagens. Os instrumentos do 2a são sensíveis a um maior número de espectros de luz, permitindo o discernimento de mais informações sobre a superfície. Também irão cobrir uma faixa maior de solo (290 km contra 185 km no Landsat). Suas imagens coloridas possuem ainda uma resolução espacial de dez metros, contra 30 metros do sistema americano.
O satélite ainda não opera em plena capacidade, mas especialistas avaliam que os primeiros registros já cumprem as expectativas de qualidade. Bianca Hoersch, da ESA, diz que ajustes de qualidade estão em curso, e que o download de um registro de 5 GB deverá demorar menos de dez minutos.
“Esperamos que a procura por dados do Sentinel supere todos os precedentes. Já está sendo algo nunca visto. Nunca tivemos tantos downloads”, afirmou Volker Liebig, diretor de Observação da Terra na ESA. “É difícil estimar qual será a demanda para o Sentinel-2a, mas certamente será em petabytes”, completa.
O próximo satélite da família Sentinel a ser lançado dentro do bilionário programa Copernicus da União Europeia é o 3a. O foco desse equipamento, que deverá ser lançado no próximo mês, será os oceanos.
Fonte: BBC Brasil e LabGIS