Implementar o real conceito de Smart City é o principal desafio proposto na reunião sobre a construção do Bairro Inteligente no Brasil
Com a presença de diversas autoridades e especialistas no assunto, a Reunião 7 procurou debater sobre como os Bairros Inteligentes devem ser pensados e construídos. A ideia principal é de construir algo que seja referência, e em uma cidade já viva, e que conte com a participação e aceitação da comunidade ao redor.
Mediada pelo italiano Giovanni Sávio, da Planet Idea, e Leopoldo Albuquerque, do Instituto Smart City Business America, a reunião planejava discutir e implementar o real conceito de Smart no bairro a ser construído. Esse conceito se baseia na simples ideia de aplicar a inteligência para melhorar a vida na cidade. Porém, mais complicado do que parece, essa inteligência não deve ser apenas voltada em tecnologia, mas também em sustentabilidade, segurança e convívio social. Este projeto terá apoio de diversas empresas nacionais e internacionais, Ministérios, Sebrae, Senac, Senai, entre outros.
Energias renováveis são apontadas como futuro das Smart Cities, apontam participantes de painel
As soluções de energia para as cidades inteligentes e possibilidades de financiamento estavam no centro da discussão no painel “Energia e IP: A contribuição das Energias Renováveis e suas tecnologias para o desenvolvimento de negócios e o fomento das cidades inteligentes”. Os palestrantes apresentaram as vantagens e problemas atuais de vários tipos de energia sustentáveis.
Rodolfo de Sousa Pinto, Presidente da ENGIE Geração Solar Distribuída S.A, abordou a questão da energia solar distribuída e a relação com as cidades inteligentes. Ele apontou que a tendência é que haja a geração de energia distribuída (gerada no próprio ponto de consumo, não mais em outro ponto distante, tendo que ser distribuída através de cabos transmissores). Rodolfo enfatizou que a energia gerada pelos painéis solares, e que não é utilizada pelo consumidor, pode ser devolvida à rede de distribuição, o que irá gerar créditos para o consumidor que poderão ser consumidos posteriormente. Além deste tipo de energia, as casas das Smart Cities contarão também com baterias para armazenamento dessa energia, carros elétricos, eletrodomésticos inteligentes (usando o conceito de internet das coisas), medidores inteligentes e gerenciamento online da geração e do consumo de energia.
A taxa de uso de energia solar tem crescido exponencialmente. Em 2008, no mundo, se produziam 10 mil MW. Hoje, já são 360 mil MW. Esse crescimento, Rodolfo aponta que se deve à viabilidade técnica e principalmente comercial dos painéis fotovoltaicos, já que o custo para a produção dos mesmos tem diminuído a cada ano. E ainda afirma que “nós estamos efetivamente vivendo um ponto de inflexão de uma matriz energética limpa (hidrelétrica) para uma matriz do futuro”.
Elbia Silva Gannoum, Presidente – Abeeólica – Associação Brasileira de Energia Eólica, trouxe uma visão sobre a geração e uso da energia proveniente dos ventos. Abordou que 7,1% da energia produzida no Brasil é eólica. Esse número tende a aumentar e alguns dos principais argumentos para isso é que “o vento brasileiro é um dos melhores ventos do mundo para produção da energia eólica”, além desse tipo de energia ter se tornado bastante competitiva.
Já para facilitar a implementação de geradores de energia sustentável, Lisiane Astarita trouxe opções de financiamentos feitos pelo BRDE. O banco atua nos estados do sul e no Mato Grosso do Sul, com uma sede em cada capital. O diferencial do BRDE é o programa com prazos diferenciados e o desejo de investir em vários tipos de energia: solar, eólica, biogás e biomassa.
Fonte: SmartCity Business America 2017
MundoGEO#Connect 2017
Nos dias 9, 10 e 11 de maio desde ano, aconteceu mais uma edição do MundoGEO#Connect, onde dentre muitos temas, foi dado destaque para as Cidades Inteligentes, num debate com a participação de profissionais da área : Flávio Yuaça da Comdata, Abimael Cereda Junior da Imagem, Julio Ribeiro da MKT GIS, Fernando do Amaral Nogueira – Prefeitura de São Paulo e Vinícius Ferreira da HERE.
O conceito de Smart Cities (Cidades Inteligentes) vem sendo cada vez mais discutido e incorporado nos processos de gestão nas principais cidades do mundo. O uso integrado de tecnologias de informação e comunicação proporciona uma visão ampla do tecido urbano. Este sistema proporciona coleta de informações rápidas, precisas e estruturais para agilizar a tomada de decisão, relacionadas ao meio ambiente, mobilidade urbana, distribuição de energia, gestão das águas, defesa civil, entre outras.
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