Empreendimento tem o objetivo de ser um dos mais modernos centros de pesquisa do setor de papel e celulose
A Klabin inaugura hoje seu Centro de Tecnologia, em Telêmaco Borba (PR). O novo Centro completa a integração das frentes de pesquisa e desenvolvimento das áreas de negócio da companhia, estratégia adotada para introduzir uma visão global e unificada, de alta complexidade. Com laboratórios capazes de produzir uma gama diversa de produtos de base florestal e realizar simulações das linhas de produção das fábricas, o Centro busca antecipar tendências e criar novas tecnologias e aplicações sustentáveis. Sua construção integra um plano de investimento em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D+I) de R$ 70 milhões em três anos (até 2017), que inclui, ainda, a compra de equipamentos, a atualização dos laboratórios de pesquisa florestal e a formação e contratação de técnicos e pesquisadores.
O Centro de Tecnologia Klabin se dedicará a cinco rotas de pesquisa: qualidade da madeira; desenvolvimento de novos produtos e aplicações – celulose; desenvolvimento de novos produtos e aplicações – papéis para embalagem; novas rotas tecnológicas com base florestal; e meio ambiente e sustentabilidade. Para isso, a companhia estruturou também uma rede nacional e internacional de parceiros com incubadoras de tecnologia, universidades e reconhecidos centros de pesquisas.
“Estamos elevando as atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Klabin a um patamar ainda mais alto. O novo Centro de Tecnologia reúne profissionais e laboratórios de ponta, garantindo que a empresa ganhe em velocidade de desenvolvimento e trabalhe no estado da arte da sua área de atuação”, ressalta o diretor de Tecnologia e Unidade de Celulose da Klabin, Francisco Razzolini.
As áreas de pesquisa e desenvolvimento florestal e industrial contarão com mais de 100 profissionais especializados e dedicados à pesquisa e inovação. A equipe é composta por engenheiros florestais, químicos e industriais da madeira. A Klabin também investiu fortemente na formação e contratação de técnicos e pesquisadores.
As cinco rotas de pesquisa do Centro de Tecnologia da Klabin
1.Qualidade da madeira
A diferenciação do produto se inicia na floresta, cuja qualidade impacta diretamente o processo produtivo e a qualidade do produto final. Os esforços de pesquisa serão concentrados na produtividade florestal e na complexa análise da qualidade da madeira.
2. Desenvolvimento de novos produtos e aplicações: celulose
Produção da celulose deve ser encarada como um processo integrado floresta-fábrica, que possibilita alcançar níveis cada vez mais elevados de eficiência e eficácia no processo fabril. Além de aperfeiçoar as propriedades morfológicas da celulose, o trabalho de pesquisa inclui a seleção de espécies de pínus e eucalipto para produções específicas de celulose, otimização de processos e seleção de aditivos de produção.
3.Desenvolvimento de novos produtos e aplicações: papéis para embalagem
O principal objetivo será desenvolver novos produtos em todas as linhas de papel para embalagens da Klabin. Buscar produtos de gramaturas menores, fazendo mais com menos, com características diferenciadas que confiram melhores propriedades físicas e resistência aos fatores externos que afetam as embalagens, como umidade, vapores e contaminantes à base de óleos e gorduras.
4. Novas rotas de tecnologia com base nos recursos florestais
Os recursos florestais colocam a Klabin em um patamar elevado de competitividade nacional e internacional. Essa linha de pesquisa, inédita para a companhia, visa a diversificação do uso da base florestal e dos componentes da madeira – celulose, lignina, hemiceluloses e resinas. Por cultivar pínus e eucalipto, a possibilidade de combinação destas espécies amplia as vantagens da Klabin e potencializa a exploração de novas rotas tecnológicas e desenvolvimento de produtos e subprodutos.
5. Meio ambiente e sustentabilidade
O foco desta linha é aumentar os níveis de sustentabilidade dos processos da Klabin, bem como de seus produtos. Busca a reutilização de subprodutos do processo fabril, a valorização dos resíduos gerados e o foco na redução de insumos, como água, energia e produtos químicos. Atenção especial voltada ao impacto potencial de alterações climáticas.
Um ano da inauguração da Unidade Puma
A inauguração do Centro de Tecnologia acontece exatamente um ano depois de outro momento relevante para a companhia: a solenidade de inauguração da Unidade Puma, em Ortigueira (PR). Maior investimento da história da Klabin, a Unidade, que iniciou sua produção em março de 2016, representa um marco no novo ciclo de crescimento da companhia, que passou a ser a única empresa do País a produzir, a partir de uma mesma planta industrial, celulose de fibra curta, celulose de fibra longa e celulose fluff. Com capacidade de produção de 1,5 milhão de toneladas de celulose, o projeto recebeu aporte de R$ 8,5 bilhões, incluindo infraestrutura, impostos e correções contratuais e elevou a Klabin à condição de autossuficiência na geração de energia elétrica.
A rota inovadora traçada pela Unidade Puma se estende ao Centro de Tecnologia da Klabin. Principal empresa brasileira do setor de papel e celulose a cultivar florestas de pínus e eucalipto, a companhia se diferencia e trabalha pesquisa e desenvolvimento com os dois gêneros, fibras curtas e longas, cujas possibilidades de combinações são inúmeras, além de ampliar as oportunidades de exploração de novas rotas tecnológicas, desenvolvimento de produtos com maior valor agregado e inovações incrementais ou disruptivas, elevando o potencial competitivo da companhia em todas as áreas de negócio.